Autoridades do poder executivo municipal prestigiaram o evento, realizado no prédio 14 da Unidade de Ensino Foto: Marcus Perez/Ulbra

Autoridades das três esferas do poder executivo, funcionários públicos, acadêmicos e docentes da Ulbra lotaram o auditório 14B do campus Canoas, na manhã desta quinta-feira, dia 23 de novembro, durante a cerimônia de abertura do I Encontro Estadual de Controladorias e Controles Internos. O evento, promovido pela Prefeitura, contou com a presença de prefeitos de 23 cidades gaúchas, além da participação do diretor geral de auditorias de estatais do Governo Federal, João Carlos Figueiredo.  

Na ocasião, auditores e administradores públicos se reuniram para trocar experiências e refletir quanto à necessidade de fiscalização e controle interno dos recursos utilizados por companhias estatais e autarquias governamentais. "Hoje temos mais de vinte cidades aqui representadas para falar justamente sobre gestão pública de qualidade, para abordar as medidas que podemos adotar visando evitar a improbidade, garantindo assim, a saúde do erário", destacou a controladora geral do município de Canoas e uma das organizadores da atividade, Mari Mantelli.

 Ao saudar a administração de Canoas pela iniciativa, o diretor da Unidade, Erivaldo Diniz de Brito, falou em nome da Universidade e enfatizou a relevância do tema para a sociedade civil. "Parabenizo a todos os responsáveis por esse encontro, não só pela forma como ele será conduzido, mas pela importância dos assuntos que serão trazidos à tona", destacou Brito.

Para o prefeito de Canoas, Luiz Carlos Busato, ações como essa ajudam a alertar para o papel que a fiscalização constante das verbas municipais tem na gestão local. "É melhor ser controlado agora do que ter de ser penalizado no futuro", salientou o chefe do executivo, que não poupou elogios à Universidade Luterana do Brasil.  "A Ulbra sempre foi parceria do nosso município e demonstra isso mais uma  vez ao viabilizar esse Encontro", declarou Busato.

Acordos de Leniência: um instrumento no combate à corrupção

Representando o ministro da Transparência e Controladoria Geral da União, Wagner de Campos Rosário, o diretor Figueiredo foi o primeiro palestrante do dia.  Para uma plateia também composta por estudantes dos cursos de Direito, Ciências Contábeis e Gestão Pública, o auditor falou sobre o papel dos acordos de leniência no combate à corrupção de agentes do Estado.

Instituídos após a aprovação da Lei. 12.846//2013, a famosa lei anticorrupção, os acordos de leniência são celebrados entre a União e pessoas físicas ou jurídicas autoras de infrações contra a ordem econômica.  Através de sua assinatura, infratores são autorizados a colaborar com investigações, obtendo reduções de pena mediante a apresentação de provas inéditas. "O grande desafio está em criar uma justiça consensual, que permita as autoridades responsabilizarem o infrator de uma forma negociada, permitindo ganhos à sociedade", avaliou o conferencista. 

Marcus Perez 
Jornalista MTb 17.602