Dayane Cardoso é acadêmica do 5º semestre do curso de Ciências Biológicas Foto: Karoline Milbradt/Ulbra

A Ulbra Canoas recebeu nesta quarta-feira, 20 de junho, o 4ª Encontro de Bolsistas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). O evento acontece anualmente e é uma exigência das agências de fomento à pesquisa para que os bolsistas apresentem os estudos que vêm desenvolvendo. 

A banca foi composta por avaliadores institucionais e convidados de outras universidades. A renovação das cotas só se dá perante o relatório que esses pesquisadores realizam após a defesa dos trabalhos nessas bancas. "O professor orientador ganha a cota e seleciona um bolsista para integrar a sua pesquisa. Este aluno irá fazer parte da produção de um novo conhecimento", explica Nádia Schröder, diretora de Pós-graduação e Pesquisa da Instituição. Hoje, são cerca de 60 trabalhos desenvolvidos na Ulbra entre bolsistas de iniciação científica e tecnológica em todas as áreas do conhecimento.

A estudante do 5ª semestre do curso de Ciências Biológicas, Dayane Favarin Cardoso, apresentou seu trabalho, que tem como tema o polimorfismo no gene do BDNF relacionado com sintomas depressivos em pacientes com fibromialgia e controles saudáveis. "Acho importante essa experiência porque nos ajuda na preparação para outros trabalhos. O próprio desenvolvimento é muito importante e tudo isso colabora para o nosso aprendizado", comenta.

Já João Victor de Oliveira, acadêmico do 4ª semestre do curso de Engenharia Química, trouxe a temática de compósitos poliméricos, uma matéria-prima muito utilizada por diversos setores na indústria, como o automobilístico, e no desenvolvimento de componentes eletrônicos. "O apoio da Universidade é muito interessante, porque talvez nós possamos atrair a atenção das indústrias e conseguir parcerias com as empresas, desenvolvendo novas formulações de produtos e trazendo soluções para o mercado", conta.

Oportunidade para os jovens

O incentivo à pesquisa começa desde cedo. Entre as modalidades do CNPq para jovens estudantes está o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM), oferecidas aos alunos das escolas da Ulbra, que vêm para a Universidade duas vezes por semana. "Isso serve como forma de começar a iniciação cientifica desde cedo", explica Ana Maria dos Santos, da coordenação de processos de pós-graduação Stricto Sensu da Instituição.

O aluno do 2ª do ensino médio do Colégio Ulbra São João, Guilherme Rodrigues, apresentou seu trabalho sobre jogos eletrônicos como ferramenta de ensino. "Acho que é uma boa introdução neste meio. Para quem quer seguir uma carreira de pesquisa é uma ótima oportunidade e começar desde cedo é ainda melhor, pois nos dá uma vantagem em relação aos outros", expõe.

Karoline Milbradt
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas