Seguidorf é aluno do 6º semestre do curso de Serviço Social Foto: Arquivo pessoal

Fábio Luis Alves Pedroso, mais conhecido como Seguidorf, é aluno do 6º semestre do curso de Serviço Social da Ulbra Canoas. Além de cantor, compositor, radialista e produtor cultural, o acadêmico trabalha há oito meses como repórter da RBS TV nos programas Jornal do Almoço e Compartilhe RS, ao lado da jornalista Isabel Ferrari. 

Seu início na televisão foi no programa Hip Hop Sul, na TVE, onde foi produtor e apresentador durante seis anos. Seguidorf também trabalhou em algumas rádios. "Sou radialista, mas também possuo registro de jornalista por tempo de trabalho com essa profissão", conta. O que levou a escolher o jornalismo e o serviço social foram os diversos trabalhos que realiza como ativista cultural, ligados ao movimento hip hop. "Estou sempre desenvolvendo trabalhos com crianças e adolescentes, utilizando a música como ferramenta de transformação social", explica.

Na Ulbra, por um ano, ainda foi presidente provisório do Diretório Central de Estudantes (DCE). "O que me levou a integrar o movimento estudantil foi o próprio curso de serviço social e os meus trabalhos junto à União dos Estadual dos Estudantes (UEE)", expõe. Nos seus estudos sobre lutas de classe, descobriu que os estudantes sempre tiveram um papel fundamental na democracia do Brasil e do mundo. "No movimento estudantil, muitos jovens aprendem e despertam para a consciência política. Passam a perceber também a sociedade de uma forma política", declara.

A partir do DCE provisório, na Universidade, também percebeu que esse canal de diálogo com a reitoria é muito importante para se obter resultados positivos. Um exemplo disso foi a Calourada 2016, realizada em conjunto. "Hoje, para mim, a representatividade estudantil nas Universidades continua sendo muito importante, pois faz parte do processo educativo e de luta para a juventude. A tendência é que os estudantes cada vez mais procurem ser parte importante da democracia brasileira", opina o estudante.

De acordo com Seguidorf, a presença do negro em posições de protagonismo no jornalismo está mudando aos poucos. "Quando algum negro consegue se destacar nessa área, sempre aparece junto os termos representatividade e empoderamento, por se tratar de alguém que sempre foi visto como minoria", conta. O jornalismo está em um processo de construção, pois, quando se fala em protagonismo, ele precisa ser plural e com diferentes pontos de vista. "Esse protagonismo, mesmo acontecendo de forma individual, é muito importante, pois mostra que, independente de ser um jornalista negro, ele é um jornalista como qualquer outro. Os espaços é que são muito limitados", finaliza.  

Karoline Milbradt
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas