Marcus ingressou na Ulbra em 2002 Foto: Arquivo pessoal

O egresso do curso de Jornalismo da Ulbra Canoas, Marcus Reis, iniciou sua graduação na Universidade em 2002. Sempre achou que seguindo esta profissão conseguiria mudar o mundo e como gostava de contar histórias, nada melhor que seguir a carreira de jornalista. Nesta área, o que mais gosta é viajar e conhecer pessoas e culturas de todos os cantos do mundo. 

Hoje, trabalha na Record TV em São Paulo produzindo documentários para os programas Câmera Record, Domingo Espetacular e Repórter Record Investigação. Na Universidade, estagiou no Núcleo de Produção Audiovisual e foi trabalhando neste setor que descobriu sua paixão pelo documentário. Confira a entrevista exclusiva concedida pelo repórter à Ulbra via e-mail. 

Ulbra - Como foi a sua graduação na Universidade?

Marcus Reis - Foram cinco anos maravilhosos na Ulbra e sinto saudade até hoje. Meus professores me incentivaram a produzir documentários, que é minha grande paixão. Concorremos aos principais prêmios do Rio Grande do Sul, vencemos em Gramado e fomos reconhecidos pela imprensa na época. Tivemos a chance de errar e de aprender. Alunos e professores tinham vontade de se destacar e de criar. Foi uma época muito rica.   

Ulbra - Por que escolheu fazer jornalismo? 

Reis - Sempre achei que como jornalista eu conseguiria mudar o mundo. Parece clichê, né? E realmente é. Mas era esse clichê que me inspirava. Minha paixão pelo jornalismo só aumentou quando descobri que mudar o mundo seria impossível, mas que poderia mudar a vida de muita gente. Contar histórias sempre foi a minha paixão, desde criança, e hoje me sinto feliz e orgulhoso em saber que interferi positivamente no rumo de vida de muitas famílias.  

Ulbra - Você trabalhou no Núcleo de Produção Audiovisual da Ulbra (antigo Centro de Produção Audiovisual), como foi essa experiência? 

Reis - No meu segundo semestre de faculdade consegui uma vaga no então Centro de Produção Audiovisual. Lá, com a supervisão dos professores Luiz Artur Ferraretto e Vera Mendez, tínhamos a missão de produzir vídeos institucionais para cursos da Ulbra. Foi ali que descobri a minha paixão por documentários. Aproveitamos a estrutura de câmeras e ilhas para fazer grandes reportagens e inscrever esses materiais em prêmios. Ganhamos vários e levamos o nome do nosso curso para todo o estado. Ali tive a chance de errar e, com isso, cheguei muito mais preparado ao mercado de trabalho. Foi um grande diferencial que outras universidades, hoje, dificilmente dão.  

Ulbra - Como foi o início no mercado de trabalho? 

Reis - Todo o início é difícil, mas confesso que a Ulbra me preparou tanto que cheguei ao mercado pronto. Pelos prêmios que conseguimos ao longo dos semestres, pelos vídeos que produzimos, conquistei um currículo bem mais rico do que alunos de outras universidades. Com isso, consegui vagas em todos os estágios que tentei. O aluno precisa saber que ele tem na Universidade a chance de aprender, de errar e de se preparar. Se ele souber aproveitar isso, se tornará um profissional mais completo.   

Ulbra - Hoje você trabalha como repórter na Record, como é trabalhar na emissora? 

Reis - Trabalho no Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV. Produzo documentários para os programas Câmera Record, Domingo Espetacular e Repórter Record Investigação. Como repórter da Record TV, cobri a chegada do furacão Irma, na Flórida, Estados Unidos. Mostrei a vida dos berberes, os povos nômades no deserto do Saara. Investiguei o maior lixão eletrônico do mundo, em Gana, no oeste da África e escalei os vulcões ativos da Nova Zelândia pra flagrar a ação da natureza num dia de fúria. No Brasil, trabalhei em grandes coberturas, como no caso da boate Kiss, na seca do Nordeste e na guerra urbana nas favelas do Rio de Janeiro. 

Ulbra - O que você mais gosta na sua profissão? 

Reis - Gosto de poder viajar o mundo, conhecer gente diferente e culturas tão ricas que nunca imaginei conhecer. Gosto de poder mudar a vida de muitas pessoas e dar a chance de os telespectadores conhecerem histórias tão lindas, muitas vezes escondidas pelo nosso país. 

Ulbra - Como você vê o jornalismo hoje no Brasil? 

Reis - O jornalismo hoje está em mudança, está evoluindo. Vejo muita gente dizendo que o jornalismo vai acabar. Não acredito nisso. Acredito que a nossa profissão esteja passando por uma transformação. Temos que aprender a lidar e informar um novo público e aprender novas linguagens para atingirmos esse objetivo. 

Ulbra - Se você pudesse dar uma dica para quem quer seguir essa carreira, qual seria? 

Reis - A melhor dica é: aproveite a Universidade e a estrutura que é oferecida. Use tudo o que você tem direito. Quem faz um ótimo profissional é você mesmo. 

Karoline Milbradt
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas