Jornada é realizada a cada dois anos no campus Canoas Foto: Leonardo Magnus/Ulbra

Durante os últimos dois dias, 25 e 26, o curso de Odontologia realizou a sua Jornada Acadêmica, que ocorre a cada dois anos. Nesta edição, a temática girou em torno da acessibilidade para pessoas com deficiência. Mas esse não foi o único assunto presente na programação do evento.

Com o nome de Jornada Extraordinária, em alusão ao filme Extraordinário, que conta a história de um garoto que nasceu com uma deformidade facial e passou por 27 cirurgias plásticas, o evento trouxe também cursos voltados ao marketing digital, odontologia para gestantes, cirurgia plástica periodontal e peri-plantar, entre outros.

Destaca-se a atenção especial que os organizadores deram às questões psicológicas voltadas aos profissionais da área da saúde. O Setembro Amarelo foi frequentemente citado em diversos eventos realizados pelos cursos da Universidade durante esse mês e com a Odontologia não foi diferente.

Foram mais de 250 inscritos na Jornada Acadêmica, 16 empresas patrocinadoras e apoiadoras. No total, 50 participantes contribuíram com projetos e pesquisas científicas. "Uma grande estrutura que começou a ser desenvolvida há 11 meses", frisou a professora Sabrina Moure.

Escolha de tema foi pertinente

A temática da Jornada foi o ponto mais mencionado pelos organizadores. Vitor Froes, acadêmico e presidente do evento, se disse feliz por ser escolhido para uma função tão importante na comissão, principalmente por "se tratar de um assunto que consideramos extraordinário, que é toda a vivência do atendimento a pessoas especiais". Ele chamou a atenção para a "zona de conforto que muitas vezes os profissionais permanecem, focados apenas na facilidade de realizar atendimentos simples".

O coordenador do curso, Adair Luiz Stefanello Busato, justificou a escolha do tema. A ideia, segundo o próprio, surgiu após ver cenas de pais que "demoravam um tempo incontável para conseguirem tirar seus filhos de dentro dos carros" para receberem atendimento odontológico. A professora Sabrina Moure, uma das organizadoras, foi além e lembrou que é necessário abordar o tema, visto que já são 45 milhões de brasileiros autodeclarados com algum tipo de deficiência.

Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS