Participantes tiveram aula prática no laboratório da Ulbra Foto: Divulgação

No último sábado, 1º, a coordenação de Educação Continuada da Ulbra promoveu um curso in company para os funcionários da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Dois especialistas em palinologia da instituição ministraram a aula com carga horária de 8 horas. A modalidade é uma das novidades nos cursos ofertados pela Extensão. 

Os cursos in company foram criados com o objetivo de suprir demandas e otimizar processos de corporações, para que estas possam obter melhores resultados em suas áreas de atuação. No caso do curso realizado pelos colaboradores da URI, o especialista Jefferson Radaeski desenvolveu um conteúdo especial para a aula. "O objetivo é aprimorar conhecimentos na identificação dos grãos de pólen, reforçando o grande potencial dessas amostras como ferramentas de pesquisa e investigação em diversas áreas, como na médica, na botânica, na apicultura e até mesmo para elucidação de crimes", contou o professor.

Eduardo Magalhães, também palinólogo, explicou sobre a área forense do estudo, que foi o conteúdo que levou aos participantes do curso. "Apesar de não ser uma ciência nova, a palinologia forense está recém começando no Brasil. Se ampliarmos o uso dela, essa ferramenta pode ser utilizada contra diversos crimes, como rota do narcotráfico, contrabando de armas, alimentos, homicídios e tantos outros", explicou o professor, que disse ser possível identificar o pólen encontrado em um corpo e saber o seu local de origem, caso tenha sido levado de um ponto a outro.

Projeto demandou aperfeiçoamento dos colaboradores

Em 2016, a unidade URI Santiago participou do edital DCIT da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. A instituição classificada teria que avaliar as condições ambientais a partir do mel de abelhas sem ferrão, recebendo cerca de 1 milhão de reais para execução da pesquisa. "Ninguém da nossa universidade possuía conhecimento na área, então resolvemos procurar um grupo que tivesse experiência com o estudo da palinologia. Ao pesquisarmos, encontramos o contato do Laboratório de Palinologia da Ulbra e conseguimos dar sequência à iniciativa", relatou Marcelo Tusi, professor de Química e coordenador do projeto.

Com o título Metodologia para Avaliação de Condições Ambientais pela Análise do Mel de Abelhas Sem Ferrão - JATAÍ, inicialmente o projeto tinha o único objetivo de realizar análises melissopalinológicas, que estuda a origem dos méis através da identificação dos grãos de pólen que são coletados pelas abelhas ou achados no mel, permitindo classificá-los quanto a sua origem botânica e geográfica.

No entanto, segundo o professor Tusi, as aulas ampliaram as possibilidades de pesquisa na área. "Antes do curso, não tínhamos ideia das diversas aplicações da análise polínica, então consideramos um ótimo investimento e que fez valer os quase 500 km que viajamos", constatou ele, citando a aplicação forense e os estudos associados à evolução vegetal como grandes conhecimentos agregados durante a atividade.

Confira a lista dos pesquisadores do projeto:

Prof. Marcelo Tusi - Química

Prof. Vânius Ventorini Veiga - Agrônomo

Felipe Teixeira Moreira - Agrônomo

Cássio Marques Resmim - acadêmico de Ciências Biológicas

Keuvin Gibicoski do Amarante - acadêmico de Ciências Biológicas 

Ricardo Cancian -  acadêmico de Ciências Biológicas 

Jessica Nadalon Zambeli - acadêmica de Agronomia 

Caroline Vesz Bassin - acadêmica de Agronomia 

Ledieli Belmonte Soates Tusi - acadêmica de Farmácia

Para mais informações sobre os cursos In Company oferecidos pela Ulbra, entre em contato pelos telefones (51) 3477-9103 / 3477-9136 ou pelo e-mail secextensao@ulbra.br.

Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS