Projeto tem obtido bons resultados com atendimento humanizado e integração multiprofissional Foto: Arquivo pessoal

Com o I Simpósio de Insuficiência Cardíaca marcado para esta sexta-feira, 15, os professores da Liga de Cardiologia da Ulbra e do Programa de Reabilitação Cardiorrespiratória, composto por diversos cursos da área da saúde da Instituição, têm mais um motivo para comemorar o resultado dos trabalhos desenvolvidos. O grupo teve mais um estudo aceito pelo Congresso Europeu de Insuficiência Cardíaca. O congresso reúne entre seis e oito mil profissionais que estudam o assunto.

Enviando suas produções científicas para congressos internacionais desde 2007, o novo estudo possui ênfase na observação dos resultados da assistência aos pacientes e integração com múltiplas especialidades que ajudam no tratamento da insuficiência cardíaca, no Hospital Universitário. O modelo aplicado foi pelo professor Luiz Cláudio Danzmann, que passou um período em um hospital no sudeste da Áustria e se impressionou com a eficácia.

Para o cardiologista, os resultados alcançados falam por si só. "Foi feita uma comparação entre o atendimento do ambulatório especializado e o de cardiologia geral. No primeiro, os pacientes percebem a qualidade próxima do ideal, já no segundo há uma percepção de qualidade discretamente aquém do que eles gostariam. Com isso, concluímos que há fatores importantes no processo: tratamento humanizado, confiabilidade no atendimento futuro, com data fixa pré-agendada, e uma taxa maior de resolutividade", destacou o professor Danzmann.

Somando-se a profissionais das áreas de Biomedicina, Fisioterapia, Educação Física, Psicologia e Farmácia, o grupo melhorou vertiginosamente a resposta no tratamento dos pacientes com a doença, que tem prevalência em cerca de 2% e 3% da população geral, podendo chegar a acometer de 5% a 10% dos pacientes idosos no mundo. Segundo o docente, é perceptível a melhora na recuperação de quem recebe o atendimento com o modelo multiprofissional e mais humanizado. "São profissionais que atuam com educação e saúde ou em exercícios de reabilitação. Isso promove uma redução de taxas de mortalidade e, principalmente, de reinternação hospitalar. As nossas taxas, hoje, regulam com os bons centros do Brasil e do primeiro mundo", destacou.

Visibilidade internacional e reconhecimento

Ao falar sobre o estudo aceito no Congresso Europeu de Insuficiência Cardíaca, o professor lembrou que é um trabalho que já é desenvolvido há anos, com envio regular de estudos para associações e congressos internacionais. "Já são quase 10 anos que enviamos trabalhos que são aceitos nesses congressos da Sociedade Europeia de Cardiologia, na Associação de Insuficiência Cardíaca", ressaltou Danzmann, que também exaltou a importância institucional, pois o fato "promove o serviço e a Universidade de uma maneira muito positiva".

Além do reconhecimento dos cardiologistas do exterior, a comunidade brasileira de cardiologia voltará seus olhos para o Simpósio que se inicia na próxima sexta-feira. Seis profissionais que elaboraram a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca, juntamente com Danzmann, farão palestras no evento. O documento é o mais importante da Sociedade Brasileira de Cardiologia, quando se trata de insuficiência cardíaca.

O I Simpósio de Insuficiência Cardíaca será realizado nos dias 15 e 16 de março, no campus da Ulbra Canoas. Para mais informações, acesse aqui.

Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS