Júlio lançou oficialmente o seu livro em São Paulo, no último dia 6 Foto: Reprodução/Facebook

O ano de 2019 iniciou de forma marcante na carreira de Júlio Herrman, escritor e acadêmico do último semestre de Jornalismo da Ulbra. Um de seus mais recentes trabalhos, Até onde o amor alcança, lançado no último dia 6 de abril, em São Paulo, alcançou o posto de pré-venda mais vendida da livraria Saraiva, no início de março. Além deste, Júlio ainda teve um reconhecimento anterior com a obra Tudo que acontece aqui dentro, lançada em 2018, quando foi eleito o Quarto livro mais querido do Brasil do ano, através de votação popular.

Apaixonado pela área da comunicação, o aluno destaca que o afeto com a literatura iniciou em 2015, quando percebeu que a dedicação com as palavras vem através da relação de carinho estabelecida com os leitores. "É por eles e para eles que eu escrevo. As mensagens de carinho, os pedidos de ajuda, os relatos emocionados... Esse é meu combustível", revelou.

Júlio ainda cita seu estarrecimento diante das sensações experimentadas durante o lançamento de sua obra em São Paulo. Segundo ele, "a sensação é incrível. Em dois anos, eu nunca pensei que reuniria tanta gente ao meu redor, sentindo coisas parecidas com as que eu sinto. No lançamento do livro novo, na Saraiva, eu tive medo de ficar sozinho. Mas o amor me deu um tapa na cara: foram 3 horas de fila, com mais de 70 pessoas presentes. Teve gente viajando 500 km para me ver. Isso não tem preço. A sensação é de incredulidade. E muito amor, claro".

O jovem ainda destaca que, apesar de sua carreira ainda não estar consolidada, o afeto que recebe diariamente de seus seguidores e leitores é tão grande que se tornou sua maior motivação e motivo de mais retribuição. "O resultado de tudo isso é muito gratificante. Eu recebo muitas mensagens todos os dias. O amor transborda pela tela do meu celular de uma forma imensa. Eu só posso ser grato e retribuir todos com muito amor", contou.

Carreira e inspiração

Ao ser questionado a respeito do que inspiraria as narrativas de seus livros, Júlio destacou a sua relação com a realidade e a observação constante dos vínculos afetivos. "Tudo me inspira. No entanto, a realidade que me cerca é o que mais tem influenciado o meu trabalho. Eu gosto de conversar com as pessoas, entender as carências (não só afetivas) delas e minhas, e transformar isso em verbo", explicou Hermann.

Além de um escritor em ascensão, o graduando é colunista de uma página no Facebook, denominada Entre todas as coisas, com quase 260 mil seguidores. O projeto se caracteriza por ser um espaço de compartilhamento de vivências, sensações e demonstrações de afetos, através de frases, textos e vídeos motivacionais.

Em 2018, o estudante estabeleceu uma meta: a publicação de um livro por ano, com temas voltados às necessidades e sensibilidades humanas, o que vem cumprindo com êxito e méritos. Dessa forma, consegue manter-se ativamente na carreira de escritor, aliando-a a sua quase formação jornalística.

Aspirações para o futuro

Com a sua carreira em andamento e alguns sucessos de publicações na conta, o aspirante Júlio Hermann, além dos afazeres de sua formatura, concentra-se agora no projeto de criação de um livro baseado no perdão, como destaca ao dizer que "gostaria muito de escrever um livro sobre perdão. Eu não sei se será o próximo ou um seguinte, mas pretendo escrever um pouco sobre isso. É o perdão que deixa nossas vidas de pé, muitas vezes. Quero que mais pessoas entendam isso". Por enquanto, o escritor volta sua atenção ao próximo lançamento de seu mais recente trabalho, que será no próximo dia 13, na livraria Mania de Ler, situada no Largo da Borges, em Gramado, sua terra natal.

Veja mais trechos da entrevista

Você recentemente lançou um livro que está entre os mais vendidos da Saraiva, qual a sensação de perceber todo esse reconhecimento?

O Até onde o amor alcança é meu segundo livro, que alcançou a marca de pré-venda mais vendida da Saraiva no início de março. O Tudo que acontece aqui dentro, minha primeira obra, lançada em 2018, foi eleito o Quarto livro mais querido do Brasil no ano passado, em votação popular realizada pela Saraiva com os livros (nacionais e internacionais) lançados ano passado.

A sensação é incrível. Em dois anos, eu nunca pensei que reuniria tanta gente ao meu redor, sentindo coisas parecidas com as que eu sinto. A prova disso foi o último sábado, em São Paulo. No lançamento do livro novo na Saraiva do Pátio Paulista, eu tinha medo de ficar sozinho. O que me deixava assim era a junção de inúmeros fatores: estava caindo o mundo de chuva em SP, eu venho de uma cidade do interior do RS (Gramado) e acontecia o Lollapalooza no mesmo momento do lançamento. Mas o amor me deu um tapa na cara: foram 3 horas de fila, com mais de 70 pessoas presentes. Teve gente viajando 500 km para me ver. Isso não tem preço. A sensação é de incredulidade. E muito amor, claro.

Como a escrita se tornou uma paixão para você?

Minha relação com as palavras vem de uma vida inteira. Mas, com a literatura, isso inicia em 2015. Minha paixão vem justamente da relação com os leitores. É por eles e para eles que eu escrevo. As mensagens de carinho, os pedidos de ajuda, os relatos emocionados... Esse é meu combustível.

A carreira de escritor é a que pretende seguir?

É, sim, pelo menos na comunicação. De 2018 em diante, é provável que seja um lançamento por ano.

Você julga que há alguma inspiração para a sua escrita?

Tudo me inspira. No entanto, a realidade que me cerca é que mais tem influência no meu trabalho. Eu gosto de conversar com as pessoas, entender as carências (não só afetivas) delas e minhas, e transformar isso em verbo.

Como é ser um escritor em ascensão e administrador de uma página com mais de 64 mil seguidores?

Minha carreira é muito curta. Meu público na internet também ainda não chega perto dos grandes nomes. Isso é o que mais me deixa orgulhoso, quando olho para as conquistas dos meus livros. Meu Instagram tem 8,5 mil pessoas, meu Facebook tem 112 mil, mas nós sabemos como esta segunda rede social prejudica a entrega das postagens aos leitores. Ainda assim, o resultado de tudo isso é muito gratificante. Eu recebo muitas mensagens todos os dias. O amor transborda pela tela do meu celular de uma forma imensa. Eu só posso ser grato e retribuir todos com muito amor.

Tem algum plano seguinte para a carreira como escritor?

Parando para pensar agora, eu gostaria muito de escrever um livro sobre perdão. Eu não sei se será o próximo ou um seguinte, mas pretendo escrever um pouco sobre isso. É o perdão que deixa nossas vidas de pé, muitas vezes. Quero que mais pessoas entendam isso.

Emily Bilhan
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas