Pastor Mário Fukue falou para os estudantes de Teologia Foto: Caroline Musskopf/Ulbra

"Fé sólida na modernidade líquida: sem confessiolatria ou confessiofobia" foi o tema da aula inaugural do curso de teologia da Ulbra Canoas, que aconteceu na terça-feira, dia 20 de março, no auditório B do prédio 14. O ministrante e capelão universitário do campus, Mário Fukue, falou aos alunos sobre os perigos do fundamentalismo religioso na atualidade. "Dentro da religião cristã, sempre devemos buscar a verdade através do amor de Deus. Não a verdade pela verdade. E isso nos distancia do fundamentalismo religioso. A questão muitas vezes também é a forma como eu falo daquilo que eu acho ser a verdade", exemplifica.

Werek da Cruz Silva, 27 anos, está no 5º semestre de Teologia e frequenta a igreja luterana desde pequeno. "Sempre me envolvi com a juventude, hoje quero continuar trabalhando com jovens porque isso me motiva a continuar", comenta Werek. E complementa que, para os estudantes, a discussão da aula inaugural foi importante. "Vivemos em um momento muito delicado e isso atinge a teologia de uma maneira impactante, principalmente aqueles que não estão bem firmes em sua fé. A palestra pode nos ajudar a lidar com essas questões da vida". Martin Jagnow, de 17 anos, é estudante do primeiro semestre do curso, mas relata que não teve dúvidas em relação à sua escolha. "Eu venho de uma família cristã e é o que eu sempre quis fazer. Minha família gostou bastante porque meu pai é capelão".

A palestra foi inspirada no pensamento do sociólogo Zygmunt Bauman, autor crítico ao individualismo e da desigualdade dos tempos modernos. Fukue explica que "modernidade líquida significa que as relações passaram a existir muito mais pelo contato que pelo afeto. O sujeito se torna um objeto e nada dura por muito tempo".

Caroline Musskopf, Fernanda Alves e Luiz Felipe Machado
Estudantes de Jornalismo da Ulbra Canoas