Setembro Aamarelo
Diálogo sobre suicídio no Setembro Amarelo
Psicólogo Dr. Jader Piccin conversou com alunos da graduação
Com o objetivo de conscientizar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e suas formas de prevenção, a ULBRA Gravataí realizou na terça-feira (12), no auditório, a palestra "Suicídio na infância e na adolescência". A iniciativa faz parte da campanha Setembro Amarelo e foi organizada pela primeira vez no campus pelos cursos de Psicologia e de Enfermagem.
Médico-psiquiatra com atuação no Programa de Depressão na Infância e Adolescência da UFRGS, Dr. Jader aproveitou a repercussão em torno do site Baleia Azul e da série da Netflix 13 Razões para debater o suicídio na infância e adolescência. "Sabemos da grande repercussão que o assunto ganhou na mídia, porém se fala muito pouco sobre o tema, os investimentos para prevenir os transtornos que levam ao suicídio e as campanhas de esclarecimento estão aquém do que poderia ser feito", comentou.
De acordo com o especialista, o suicídio, que ainda é considerado assunto proibido por envolver crenças religiosas e sustentar a imagem do suicida como um fracassado, é a terceira maior causa de morte em indivíduos com até 19 anos. "Todas as faixas etárias aumentaram as suas taxas de incidência. Os meninos normalmente se matam mais, embora as meninas tentem mais vezes do que eles", apontou. Os dados mais preocupantes são aqueles que revelam os casos de suicídio entre crianças. "É raro acontecer na idade de até cinco anos, mas, lamentavelmente, acontecem", completou.
As estatísticas trazidas pelo psicólogo revelam que entre as 15 cidades do Brasil com mais registros de suicídios, nove são gaúchas. Comum a estes casos estão os fatores de risco associados ao comportamento suicida, entre eles as doenças mentais, os aspectos sociais e psicológicos e as condições de saúde limitantes. "São agravantes do quadro a depressão, o transtorno bipolar, o uso de álcool e de outras substâncias. Os moradores de áreas urbanas desempregados, aposentados ou que vivem em isolamento social e pessoas que tiveram perdas recentes ou sofreram abuso físico ou sexual na infância são as mais propensas a cometerem o ato", especificou o Dr. Jader.
Geralmente menos estudados, fatores protetores como autoestima elevada, suporte familiar, relacionamento social, capacidade de adaptação e de resolução de problemas e acesso a serviços e cuidados de saúde mental contribuem para blindar as pessoas com pensamentos suicidas. "Segundo a Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional", lembrou o psicólogo.
Um dos serviços de ajuda disponível é o do Centro de Valorização da Vida (CVV), grupo de voluntários que oferece apoio emocional gratuito. O CVV atende por telefone, chat, Skype, e-mail e pessoalmente, além de realizar atendimentos especiais em casos de eventos e catástrofes.
A campanha Setembro Amarelo na ULBRA Gravataí continua nos dias 13 e 14 de setembro, na sala de vidro em frente ao xerox, com a exibição de vídeos e esclarecimentos prestados pelos alunos do curso de Psicologia no horário entre 19h e 22h.
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