No final da manhã desta sexta-feira, 15, foi realizada uma live no Facebook da Prefeitura de Canela para debater quais cuidados se deve ter com as crianças, principalmente bebês, nesse período de isolamento social. O evento contou com a participação da psicóloga e professora do curso de Psicologia da Ulbra, Aline Groff Vivian. Também participaram a psicóloga e professora do Instituto de Psicologia e de Pós-graduação da UFRGS, Giana Bitencourt Frizzo, e o médico pediatra, Renato Santos Coelho. O debate Cuidados Físicos e Emocionais com os Bebês em Tempos de Pandemia foi mediado pelo vice-prefeito de Canela, Gilberto Cezar, e substituiu a Semana do Bebê do município, cancelada nesta semana em função das orientações de distanciamento social.
Segundo a Unicef, a expectativa é que cerca de 116 milhões de crianças vão nascer durante a pandemia. Esse dado mostra a importância de cuidar ao máximo para diminuir o contágio do vírus e também manter as futuras vidas em segurança. Além disso, esses tempos de isolamento podem afetar todas as pessoas, física ou emocionalmente. Para Aline, nesse período é preciso dar atenção ao emocional. "A gente sabe que há um impacto emocional na vida da família no geral, o contexto de isolamento produz vários desdobramentos para a sociedade, e o início da vida, como é o bebê, acaba sofrendo isso de certa maneira", disse.
Na transmissão também foi debatido o uso de máscaras para crianças e bebês. O pediatra esclareceu dúvidas e informou a partir de qual faixa etária se deve usar o equipamento de segurança. "O recomendado é que até os dois anos de idade a criança não use máscara, porque normalmente ela não se adapta ao rosto e elas iriam retirar. Já para crianças dos 2 aos 5 anos, é preciso explicar a importância do uso, e utilizar sempre que sair e entrar em contato com outras pessoas", explicou.
Aline ainda comentou o quanto essa pandemia vai mudar a vida da próxima geração e como a vivência no ambiente familiar pode ser encarada como algo positivo nesse período. "A pandemia pode nos trazer também uma proximidade interna, e para as memórias infantis essa interação na casa pode estar sendo mais estressante de alguma maneira ou mais intensa, e isso, de alguma forma, pode deixar uma base para essa geração", completou.
Jeandro Michael
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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