A visão gestora do Design Foto: Divulgação

Para iniciar esse assunto que, sendo objetivo e dinâmico, pode gerar uma metanóia, é necessário compreender que - A EMPRESA É, ESSENCIALMENTE, AS PESSOAS QUE TRABALHAM NELA -- portanto, é importante também considerar que dificilmente consegue-se fazer com que um funcionário tenha interesse em implementar ideias das quais não participou de sua criação ou envolveu-se. Nessa situação, é imprescindível entender que há a necessidade da integralização de todos os colaboradores, indiferente do papel que este tenha na empresa, permitindo e estimulando o empoderamento -- controlado -- para que haja maior probabilidade de melhorias e inovações, tendo em vista que, uma empresa se torna forte quando todos os seus funcionários estão fortes.

"O Design motiva a inovação, a inovação dá poder à marca, a marca constrói fidelidade, a fidelidade sustenta os lucros." (MARTY NEUMEIER, 2010)

A questão é: deve-se permanecer em um pensamento lógico ou intuitivo? Ou os dois?

A linguagem gestora tradicional é compreendida e fomentada através de processos lineares e planilhas lógicas, enfatizando muitas vezes a matemática básica, enquanto na visão do Design a linguagem vai além do que os olhos podem ver, sendo principalmente intuitiva, mas seguida da lógica. Em uma percepção mais aplicada, podemos meditar na frase de Edward de Bono: "Você não cava um novo buraco cavando mais fundo no buraco já existente". Líderes ou pseudo-líderes buscam soluções prontas em prateleiras, enquanto o criativo explora um mundo pouco maior. Você deve desconfiar de um CEO que precisa de uma pesquisa para descobrir o nível de satisfação de seus funcionários, afirma Marty Neumeier ao enfocar a preocupação com o sistema gestor de mente fechada e em quatro paredes.

Mas por que a mudança é sempre dependente de uma crise? Situação a qual muitos estão vivenciando atualmente.

A busca por mudanças e melhorias, as quais já é comum chamar de inovação, não ocorrem de maneira breve ou é encontrada em uma "receita de livro". Para que haja inovação é necessário haver criatividade, e para tal, precisa-se de um ser obstinado, sonhador, desbravador e audacioso, características básicas de um profissional de Design bem estruturado. É necessário não apenas solucionar, mas prever o que não precisará ser remediado. Essa previsibilidade é resultado de pesquisa, analise, reflexão e capacidade intelectual, presentes na mente de um profissional flexível, dinâmico e, entre outros aspectos, com iniciativa.

"Se seu desejo é inovar mais do que seu concorrente, então é necessário que você aprenda mais do que ele aprende."

Msc. Diego Ávila

Docente do Curso de Design Ulbra Carazinho