Há dez anos, o Brasil acompanhou a história de Iruan Ergui Wu, filho de uma brasileira com um chinês, que ficou órfão ainda criança, e foi alvo de uma disputa judicial envolvendo familiares daqui e de Taiwan. A guarda do menino foi concedida à avó materna, que morava em Canoas-RS, em 2004. Assim, Iruan voltou ao Brasil e para auxiliá-lo na readaptação ao seu país e incentivar sua formação escolar, a ULBRA lhe concedeu uma bolsa de estudos, abrangendo a educação básica e superior.

Até a pós-graduação, Iruan tem os estudos garantidos pela bolsa. Hoje, ele tem 18 anos e está matriculado no Colégio ULBRA Cristo Redentor, em Canoas, onde cursará o 2º ano do Ensino Médio em 2014. É um bom aluno, interessado em artes cênicas, segundo a diretora do educandário, Maria Karnopp. “Um dos elementos que garantiram que ele ficasse no Brasil com a família materna foi a bolsa”, revela Maria.

Mais do que isso, a convivência no ambiente escolar foi fundamental para a adaptação de Iruan ao novo país, ao novo idioma e costumes. “Ele perdeu muito tempo no processo de guarda, então a bolsa ajudou bastante”, revela a mãe adotiva, Etna Borkert, que assumiu a responsabilidade do menino desde que a avó materna faleceu.

Compromisso social

Iruan está entre as mais de 6 mil pessoas que ganharam uma oportunidade de educação de qualidade através das bolsas concedidas pela ULBRA. Segundo o pró-reitor Acadêmico da Universidade, Ricardo Rieth, isso faz parte do compromisso de inclusão social mantido pela ULBRA, e que será reforçado para o futuro. “Nos próximos anos, teremos cerca de 45 mil novos alunos com bolsas de estudo”, aponta o pró-reitor. Receber Iruan também significa um novo aprendizado para toda a comunidade escolar: o da convivência com a diversidade. “As instituições precisam se preparar para lidar com a diversidade cultural cada vez mais”, conclui Rieth.