Em continuidade ao compromisso de formar profissionais de excelência, a professora e médica veterinária Dra. Lucilândia Maria Bezerra, pesquisadora e preceptora do Hospital Veterinário da Ulbra Palmas (HVET), participou no último fim de semana (15 e 16/11) do 26º Simpósio Internacional de Leishmaniose Visceral Canina -- BRASILEISH, um dos maiores e mais respeitados encontros científicos do país.

Realizado em Belo Horizonte, o evento reuniu especialistas, estudantes e pesquisadores para discutir experiências práticas, avanços científicos e desafios que impactam diretamente a saúde animal, a saúde pública e o desenvolvimento da medicina veterinária no Brasil.

"Esse é o segundo ano que envio artigo para o Brasileish. Estamos publicando sobre leishmaniose felina, que ainda tem pouquíssimos estudos. No ano passado, ficamos entre os três primeiros trabalhos, e este ano fomos novamente o único estudo sobre LF. É muito gratificante contribuir para ampliar o conhecimento dessa doença também nos gatos", destacou a docente.

Segundo ela, a complexidade da leishmaniose exige aprofundamento contínuo, especialmente porque hoje a doença pode afetar diversos sistemas --- renal, gastrointestinal, pulmonar e até neurológico. "É uma alegria imensa participar de um evento tão importante e ver a Ulbra divulgando esse tema para nossos acadêmicos. A integração entre medicina humana e veterinária é essencial, porque os avanços em animais ajudam a melhorar os tratamentos também nos humanos".

Compromisso com ciência, território e impacto social

A participação da pesquisadora ganha relevância ainda maior no Tocantins --- um dos estados com maior incidência de leishmaniose. Para o diretor do HVET, Danton Burgue, o trabalho da docente impacta diretamente a qualidade do ensino e dos serviços prestados pela universidade. "A presença da Dra. Lucilândia no Brasileish reforça o compromisso da Ulbra Palmas com a excelência acadêmica e com o enfrentamento das zoonoses. Contar com uma especialista atualizada e inserida nos principais debates nacionais é fundamental para uma região que convive com tantos casos da doença".

Ele reforça que, embora a leishmaniose não tenha cura, o tratamento adequado melhora o prognóstico e a qualidade de vida dos animais, exigindo profissionais altamente qualificados e em constante atualização.

Integração entre medicina humana e veterinária

Durante o simpósio, a professora também ressaltou a importância de enxergar a leishmaniose de maneira ampliada --- como um tema que atravessa ciência, sociedade e saúde pública.

Essa visão é compartilhada pela coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Ulbra Palmas, Amanda Grechinski, que celebrou a participação da docente no evento. "A presença da Dra. Lucilândia no Brasileish é motivo de grande orgulho para o nosso curso. Participações como essa fortalecem a qualidade do ensino, atualizam nossas práticas e inspiram nossos acadêmicos a se aproximarem da pesquisa. Uma formação sólida, ética e alinhada aos avanços da medicina veterinária depende exatamente desse movimento".

Por Karoliny Santiago