Para ofertar um ambiente mais inclusivo e acolhedor a funcionários e visitantes, a Ulbra Palmas realizou entre os meses de setembro e novembro a primeira turma do Curso Básico de Libras oferecido aos colaboradores técnico-administrativos que atuam diretamente no atendimento ao público.

Ao longo das aulas, os participantes aprenderam sinais básicos, expressões cotidianas e termos relacionados ao ambiente acadêmico. O curso também proporcionou debates sobre inclusão, cultura surda e a importância da comunicação acessível dentro do espaço universitário.

Emoção na aula final

A última aula contou com a participação de dois estudantes surdos convidados, que acompanharam o desempenho da turma e interagiram durante a atividade. Para Vitor Ferreira, a experiência foi marcante: "É a primeira vez que venho à Ulbra e gostei muito de ver as pessoas sinalizando. Fiquei muito feliz e admirado. Parabéns a todos".

Já o estudante Rafael Ferreira também celebrou a iniciativa: "Nunca tinha vindo à Ulbra e fiquei muito feliz em ver pessoas aprendendo Libras. Obrigado por essa oportunidade".

Aprendizado que ultrapassa as aulas

Entre os participantes, o sentimento foi unânime: o curso deixou impacto pessoal, profissional e ético. Maria Fernandes Souza, funcionária da biblioteca, resume a transformação: "Foi um divisor de águas. Abriu minha mente sobre acessibilidade e sobre enxergar as pessoas surdas com outros olhos. E eu quero continuar aprendendo".

Para Jasmine Jayane, acadêmica de enfermagem e colaboradora do setor de Alteridade, a formação ampliou horizontes: "Foi uma experiência maravilhosa. Consegui ver, na prática, oportunidades de aplicar Libras no meu futuro profissional na enfermagem. Isso abre um leque enorme".

O colaborador Heric Souza de Carvalho destacou que o conhecimento ultrapassou os muros da universidade: "Foi uma experiência muito boa. Quero continuar aprendendo e levar esse conhecimento para minha vida e para minha família".

Inclusão como prática institucional

A ação reforça o compromisso da Ulbra Palmas com acessibilidade e acolhimento. Para a psicóloga do setor de Recursos Humanos, Raísse Gomes, mais do que capacitação técnica, o processo representa transformação cultural: "É sobre respeito, empatia e garantir que todas as pessoas sejam bem-vindas. Ver o engajamento dos colaboradores foi inspirador".

A intérprete de libras da instituição e professora responsável pelo curso, Marianna Lima destacou o avanço da instituição e o envolvimento da turma: "Ensinar libras é sempre bom! O curso de Libras Básico foi muito mais do que um treinamento. Foi um passo fundamental para transformar a nossa instituição em um ambiente acessível e acolhedor para a comunidade surda", disse.

Por Karoliny Santiago