31/10/2012 20:36
- ULBRA CARAZINHO
Pesquisa da cesta básica completa oito anos em Carazinho
Desde o início do levantamento feito pela universidade, em maio de 2002, 48 itens básicos tiveram reajuste total de 67,73%. No mesmo período, salário mínimo teve incremento de 155%.
A pesquisa com a variação da cesta básica em Carazinho completou oito anos. Ela é desenvolvida de forma sistemática em cinco supermercados da cidade. Desde o início do levantamento, em maio de 2002, foi registrado um aumento de 67,7% no valor total dos 48 itens alimentares, de higiene pessoal e limpeza doméstica. No mesmo período, o salário mínimo saltou de R$ 200 para R$ 510, um incremento de 155%. A coleta de dados é feita mensalmente, no último dia útil de cada mês, por alunos dos cursos de Administração, Direito, Biomedicina e Enfermagem da ULBRA Carazinho. Em seguida, as informações são interpretadas e analisadas pelo professor e coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação da universidade, Gilmar Mantovani Maroso. Em maio de 2002, a cesta básica custava R$ 397,28. Em abril, o valor final dos produtos chegou a R$ 666,31, totalizando uma queda de 0,53% em relação ao preço registrado em março de 2010, que ficou em R$ 669,87. Nos últimos 12 meses, a cesta básica teve um aumento total de R$ 38,86, o equivalente a 6,19%. Desde maio de 2002, a média de aumento em cada um dos 96 meses analisados foi de 0,70%. Conforme o professor Gilmar Mantovani Maroso, desde o início da pesquisa houve um aumento médio de preços de 66,7%. "Cabe destacar que 11 itens da cesta variaram menos que a média, enquanto que 37 itens tiveram seus preços reajustados acima da média de aumento", afirma. Ele também concluiu que, diante da comparação com o reajuste do salário mínimo, houve um ganho que permitiu um aumento no poder de compra dos carazinhenses. Neste oito anos, os produtos que mais aumentaram de preço foram lâmina de barbear (314%), açúcar (208,5%), carne de frango (141,3%), leite (84,9%) e carne bovina de segunda (74%). Entre os que tiveram acréscimo inferior ao reajuste médio de 67,7% no período, estão pão (51,2%), farinha de trigo (48,2%), batata doce (44,7%), creme dental (31,5%), feijão preto (29,6%) e óleo de soja (21,7%).Dados coletados nos supermercados são interpretados e analisados pelo professor e coordenador de Pesquisa e Pós-Graduação da ULBRA Carazinho, Gilmar Mantovani Maroso.
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