Coordenadora do curso de Educação Física da unidade Profª Simone Klein com aluno Hélder Gabriel Foto: Divulgação Ulbra Gravataí

          O estudante do oitavo semestre do curso de Educação Física da ULBRA Gravataí, Hélder Gabriel Rodrigues da Silva, viveu a experiência de fazer intercâmbio em Montevidéu, no Uruguai. De março a dezembro de 2017, o acadêmico frequentou o Instituto Universitário Asociatión Cristiana de Jóvenes (IUACJ), que oferece cursos de Gestão Esportiva e de Técnico de Futebol e é considerado referência em qualificação esportiva. 

          "Viver e estudar em outro país é uma sensação de enriquecimento pessoal muito grande; agradeço aos meus pais, professores e a faculdade por essa incrível experiência", enaltece Hélder. 

            A experiência foi possível graças ao programa de Mobilidade Internacional, que mantém convênio com 47 universidades e instituições estrangeiras para que o acadêmico possa escolher em qual delas prefere se qualificar. O programa proporciona a alunos de graduação e pós-graduação da ULBRA a oportunidade de estudar até dois semestres de seu curso no exterior, podendo aproveitar na unidade de origem os créditos das disciplinas cursadas na universidade conveniada. Outras informações sobre Mobilidade Internacional estão disponíveis na página do programa.      

          Hoje em dia, Hélder realiza avaliações físicas em academias e escolas e, recentemente, iniciou o curso de Análise de Desempenho em Futebol, esporte no qual pretende atuar, preferencialmente em um clube do futebol gaúcho. Conheça um pouco mais da história de Hélder e suas experiências na entrevista abaixo. 

Como foi a sua experiência de intercâmbio e porque você escolheu o Uruguai?

Vivenciar um intercâmbio foi uma experiência incrível, tanto no âmbito profissional como pessoal. Optei pelo Uruguai pela proximidade com Porto Alegre, que me permitiu viajar para casa nos períodos de recesso e facilitou a ida da minha família à Montevidéu para me visitarem.

Qual o suporte  que a  ULBRA forneceu  no processo de intercâmbio  na  universidade uruguaia?  

Desde a minha inscrição, passando pelo processo de juntar a documentação até o término do intercâmbio, a ULBRA, através da Assessoria de Relações Internacionais, me propiciou toda a ajuda e suporte que necessitei. 

Como foi o seu período de adaptação e como era sua rotina em Montevidéu?

Temos culturas muito semelhantes e isso facilitou bastante minha adaptação. Tinha aulas de segunda a sexta, das 7h às 19h. Em alguns finais de semana frequentava seminários sobre temas relacionados à Educação Física. Depois das aulas, estudava, treinava no clube que existe dentro do campus e acompanhava os campeonatos uruguaios de diferentes esportes. 

Como era a estrutura do campus? 

O Instituto Universitário Asociación Cristiana de Jóvenes é um prédio de sete andares, mas somente o 6º e 7º eram destinados à faculdade de Educação Física. Há um clube dentro do prédio com uma piscina semiolímpica, quatro ginásios poliesportivos, salas de fitness, uma sala de musculação, entre outras coisas. Na área externa do instituto ainda havia pequenas sedes de clubes da cidade, que eram conveniados com a universidade para a realização de aulas práticas e teóricas. 

Como era seu convívio com os colegas e professores?

Durante o período que permaneci lá, sempre recebi muita ajuda de todos os professores e dos meus colegas de classe, mesmo com a dificuldade inicial do idioma. Nos dois primeiros meses de intercâmbio também conheci um paulista e, na última semana, um americano de Colorado (EUA). Fizemos uma grande amizade e já cogitamos a possibilidade de fazermos uma viagem juntos..

Como é o mercado de trabalho para o educador físico no Uruguai e para os brasileiros, especificamente? 

Assim como no Brasil, o mercado da educação física é muito amplo, porém mais reconhecido se comparado com o Brasil. Para nós, brasileiros, há uma pequena dificuldade devido ao idioma, já que a linguagem é fundamental para quem atua neste seguimento. Tive a oportunidade de conhecer dois brasileiros que trabalham na área e fazem muito sucesso em terras uruguaias. Ou seja, os educadores físicos brasileiros são muito bem vistos no Uruguai e têm as qualificações necessárias para desenvolver um bom trabalho por lá. 

 O que você destaca de mais importante durante esse período de intercâmbio?

Ter ministrado minha primeira palestra, em espanhol, foi de grande importância. O aprendizado de morar sozinho em outro país é inexplicável, conhecer outra cultura, outro idioma, realizar novos contatos profissionais, aprender novos conteúdos e metodologias de trabalho na área da Educação Física, conhecer novos amigos, o reconhecimento na profissão. Essas são algumas das coisas mais importantes que levarei desta grande experiência.

O que pretende fazer depois desta experiência ímpar e enriquecedora e de que forma pretende aplicar o conhecimento que adquiriu lá? 

Assim que me formar, pretendo conseguir uma bolsa de estudos para outro país, seguir estudando e me especializando. Desde que comecei o intercâmbio tive como objetivo relacionar as metodologias e os diferentes pontos de vista que existem no Brasil e no Uruguai. A partir desse conhecimento, somado à experiência na área, quero criar minha própria metodologia de trabalho. 

O que você levou de aprendizagem daqui que pôde ser aplicado lá fora?

O conhecimento passado pelos professores durante as aulas na ULBRA chamou a atenção dos alunos, professores e da coordenação do IUACJ, que reconhecem o bom trabalho que vem sendo feito em nossa Universidade. 

Por que você escolheu o curso de Educação Física  da ULBRA?

Cheguei até a ULBRA através da indicação de amigos e professores. Foi no período em que eu jogava futebol e desejava me aprofundar mais no mundo dos esportes. Depois consegui a bolsa do Prouni e isso facilitou o meu ingresso na instituição. 

Qual a importância de estudar em uma instituição de ensino superior que possui mais de 45 anos de tradição como ULBRA e como você acha que isso ajudará no seu desenvolvimento profissional? 

A tradição na educação e o reconhecimento internacional são fatores de grande relevância e fundamentais para a carreira de um profissional que, como eu, está prestes a ingressar no mercado de trabalho. Na vida pessoal, guardarei essa lembrança com muito carinho, pois me sinto em casa na universidade que abriu as portas para que eu chegasse mais longe na carreira. Hoje me sinto preparado para alcançar novas metas profissionais e pessoais. 

Você indicaria a ULBRA para amigos e colegas? Por quê?  

Sim, já indiquei para alguns amigos e continuo indicando. Porque é uma instituição de tradição e de respeito no mercado de trabalho, além de contar com professores e funcionários capacitados para proporcionar o melhor aos seus alunos.