Volante revelado pelo Internacional e jogador com passagem pelo futebol brasileiro, europeu e japonês, Claiton dos Santos foi o destaque na disciplina de Futebol de Campo do curso de Educação Física. Atuando como treinador de futebol desde 2017, Claiton conversou sobre o início da carreira e suas experiências profissionais na manhã desta terça-feira (12), na ULBRA Gravataí. 

Conhecido como Predador devido às longas tranças e o estilo forte de marcação, Claiton falou sobre a infância na zona leste de Porto Alegre e o início da carreira. "Foi um começo difícil porque era uma região de conflito e eu perdi muitos amigos para a violência e o tráfico. Ao mesmo tempo, eu tinha o sonho de jogar no Inter e meus pais me ajudaram a ingressar na escolinha do clube", relembrou. 

O ex-atleta jogou profissionalmente por 17 anos, sendo cinco deles no Japão e na Suíça. Foi campeão Brasileiro com o Santos, bicampeão Baiano com o Vitória e o Bahia, bicampeão Gaúcho com o Internacional e bicampeão Carioca com o Botafogo e o Flamengo. 

Em 2009, no Atlético-PR, se interessou pelo trabalho da comissão técnica do time e preparou-se para a carreira de técnico fazendo estágio com Dunga, Roger Machado e Paulo Autuori. No primeiro trabalho fora das quatro linhas do campo, levou o Aimoré, de São Leopoldo, as semifinais do grupo na Supercopa Gaúcha 2016 e as quartas de final da Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho. Depois passou pelo Cruzeiro, de Cachoeirinha, e São Paulo, de Rio Grande.

"O futebol de alto nível é feito de cobranças o tempo todo. Como jogador, é preciso ter disciplina para não deixar se abater pelas lesões, administrar os momentos de lazer e a vida social. Como treinador, é preciso saber lidar com as cobranças da torcida, da mídia e da direção do clube", comentou.