Em Manaus
Acadêmica da ULBRA participa do 18º Congresso Nacional de Medicina
O evento abordou os desafios da atenção primária à saúde no Brasil

A estudante de Enfermagem do Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA), Eliza Sateré, participou nesta quinta-feira (5) do 18º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, um dos principais eventos voltados à atenção primária à saúde.
Eliza integrou o painel "Tenda Puxirum", parte da programação "Vozes Específicas", que reuniu representantes das comunidades indígena, negra, LGBTQIA+, não-binária e transexual para debater os desafios e avanços no acesso igualitário à saúde no Brasil. Sua participação se destacou não apenas pela representatividade, mas também pelo protagonismo no debate sobre saúde indígena em contextos urbanos.
"O evento é uma grande oportunidade para dialogarmos sobre a saúde que temos e a que queremos. Precisamos refletir sobre políticas públicas que garantam investimentos adequados e equitativos para toda a população. Como universitária, é muito significativo estar em uma instituição que acolhe e respeita os povos indígenas, como a ULBRA, que promove a equidade não só para nós, mas para toda a sociedade", destacou Eliza.
Durante o painel, foram discutidos temas como a invisibilidade das comunidades vulnerabilizadas no sistema de saúde, a necessidade de uma abordagem médica humanizada e culturalmente sensível, e os obstáculos enfrentados por esses grupos, como o preconceito institucional e a ausência de políticas específicas.
Além de acadêmica, Eliza atua diretamente na administração e no controle da saúde no Parque das Tribos, a maior comunidade indígena urbana do Brasil, localizada na zona oeste de Manaus e composta por cerca de 35 etnias. Ela esteve acompanhada do cacique Ismael Munduruku e da médica Zilda Maria, diretora de Comunicação e Cultura da Associação de Médicos de Família do Amazonas e profissional atuante na Unidade de Saúde da comunidade.
"É muito significativo ver a saúde indígena presente neste congresso, especialmente aqui na Amazônia. Em Manaus, temos uma parcela importante da população formada por povos indígenas, que muitas vezes não recebem o acolhimento necessário nos serviços de saúde", explicou Zilda.
O cacique Ismael também ressaltou a importância da participação indígena em espaços nacionais:
"Estamos presentes como comunidade e como liderança, representados com honra por Eliza Sateré, que trouxe reflexões importantes. É fundamental valorizar e reconhecer quem está ao nosso lado, quem caminha conosco. A ULBRA é uma dessas instituições: uma universidade que não apenas nos apoia, mas demonstra respeito, interesse e compromisso com a nossa cultura, com a nossa saúde e com o nosso povo. Sinto-me muito grato por essa parceria, por essa presença constante e por todo o apoio que fortalece a nossa luta por uma saúde mais justa e inclusiva", afirmou.
A presença de Eliza no congresso reforça o papel da ULBRA Manaus na promoção da equidade e na valorização da diversidade cultural como pilares de uma saúde pública mais justa. Sua atuação evidencia o protagonismo indígena na construção de políticas de saúde mais eficazes, especialmente no contexto urbano amazônico.
Jennyfer Lima - Estagiária de Jornalismo - AM/2025
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