Durante a manhã desta segunda-feira (26), representantes do Conselho Indigenista Missionário -- CIMI participaram de um debate no Centro Universitário Luterano de Palmas -- Ceulp/Ulbra. A ação aconteceu na sala de aula 203, com a turma de Sociedade e Contemporaneidade, ministrada pelo professor Doutor Rodrigo Barbosa.

Na ocasião, os representantes Egon Heck, Laila Menezes e Francilene Medeiros falaram sobre algumas questões como terrítorio, saúde, educação, cultura e em relação ao Jogos Mundiais dos Povos Indígenas -- JMPI, que estão acontecendo na Capital, " os povos indígenas também são consumistas, o índio não pode ser visto apenas na visão romântica, estão suscetíveis a todos os vícios, assim como as outras pessoas", relata Laila.

Ainda no momento do debate, Egon relatou que o ideal seria que os índios tivessem autonomia, força política, o que não acontece, "todos eles tem direito a educação, saúde e capacidade de contribuir para o futuro do país", declara Heck, que acrescentou a questão territorial como a maior luta dos povos indígenas, "a partir do momento em que eles possuem território, são capazes de lutar pelos seus direitos, extrair o alimento de sua terra".

Ao final o professor da disciplina, Rodrigo, agradeceu a contribuição dos representantes, "a presença de pessoas multiplicadoras de ideias nos sensibilizam e dá esperança, é muito interessante encontrar gente trabalhando em prol de determinadas questões, pois precisamos acreditar e defender nossas causas", diz Barbosa. Outros debates serão realizados nas demais turmas da disciplina.

CIMI

O CIMI é um organismo vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que, em sua atuação missionária, conferiu um novo sentido ao trabalho da igreja católica junto aos povos indígenas.

Criado em 1972, quando o Estado brasileiro assumia abertamente a integração dos povos indígenas à sociedade majoritária como única perspectiva, o Cimi procurou favorecer a articulação entre aldeias e povos, promovendo as grandes assembléias indígenas, onde se desenharam os primeiros contornos da luta pela garantia do direito à diversidade cultural. (Informações extraídas do site do CIMI)