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Acadêmicos do curso de Agronomia da Ulbra Palmas participaram, na manhã desta sexta-feira, 13, de um Dia de Campo voltado à assistência técnica aos horticultores beneficiados pelo programa municipal de hortas comunitárias. A ação, vinculada à disciplina "Diagnóstico e Controle de Pragas e Moléstias", integra o Programa de Extensão Institucional (PEI) e levou à comunidade alternativas naturais e sustentáveis para o manejo de pragas, reforçando o compromisso social da universidade.

O professor Juliano Milhomem, responsável pela atividade, explicou que o objetivo principal foi atender a uma demanda urgente dos horticultores, que vinham enfrentando problemas recorrentes com pragas e doenças nas plantações.

"Esses agricultores recebem uma área da prefeitura para cultivo. Parte da produção é destinada à subsistência própria e a outra parte é comercializada em feiras, sendo uma fonte de renda essencial. A líder da horta entrou em contato conosco relatando as dificuldades, e então levamos os alunos para fazer o diagnóstico e apresentar soluções viáveis e naturais para cada praga identificada", detalhou o professor.

Entre os principais problemas encontrados estava a presença do caramujo-africano, praga invasora que representa um sério risco à saúde pública por ser transmissora de meningite. A equipe apresentou métodos eficazes de controle baseados em produtos naturais e ações preventivas, com foco na segurança alimentar da população consumidora.

A atividade proporcionou aos estudantes uma vivência prática fundamental para a formação profissional. Eles interagiram diretamente com os horticultores, esclarecendo dúvidas sobre manchas, doenças, tipos de pragas e manejos adequados.

Para o acadêmico Felipe Pereira Carvalho, a experiência foi marcante: "Foi maravilhoso. É totalmente diferente da sala de aula. Tivemos a oportunidade de conversar com os produtores, aprender com a realidade deles e aplicar o que estudamos. Foi muito bom mesmo. Gostaria de repetir esse tipo de aula sempre", afirmou.

De acordo com o professor Juliano, além de fortalecer o vínculo entre universidade e comunidade, a ação teve um importante papel educativo e preventivo: "As soluções levadas não oferecem riscos ao ser humano, aos animais ou às plantas. Isso é essencial, já que esses alimentos vão direto para a mesa das famílias. Preservar a saúde pública também é parte do nosso compromisso", destacou.

O acadêmico Enoque Bezerra também comentou a importância da experiência: "A aula prática na horta comunitária foi muito interessante, porque a proposta era trazermos o que a literatura diz sobre como algumas pragas e doenças agem e apresentar soluções com produtos caseiros para atender essas demandas dos horticultores. Essa troca de vivências beneficiou tanto a escuta das queixas quanto a compreensão das necessidades locais. Isso nos ajuda muito no preparo para o mercado de trabalho", concluiu.