Aula Magistral
Live com a ministra do STF é transmitida para mais de 1,2 mil pessoas
Convidada falou sobre igualdade de gênero em evento do curso de Direito
Mais de 1,2 mil pessoas assistiram virtualmente, na noite desta segunda-feira, 26, a Aula Magistral do curso de Direito da Ulbra São Jerônimo, que recebeu como convidada a ministra do Superior Tribunal Federal (STF), Drª Carmen Lúcia. Com a temática da igualdade de gênero, a live foi promovida em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) -- subseção São Jerônimo - e transmistida pelo Youtube.
Na abertura do evento, o reitor da Ulbra, Thomas Heimann, agradeceu a presença da palestrante e falou sobre a relevância do assunto. "A temática se alinha com os valores e princípios da nossa confessionalidade, além de convergir para a missão institucional da Ulbra, de ser uma comunidade de aprendizagem eficaz e inovadora, que deseja formar profissionais éticos, qualificados e que buscam assumir a sua responsabilidade como elementos de transformação e progresso da sociedade, dentre elas, a luta pelos direitos de igualdade", completou.
Em sua apresentação, a ministra Carmen Lúcia discorreu sobre a desigualdade social e de gênero, abordou a questão da violência e do preconceito contra a mulher e destacou a importância da Constituição na garantia dos direitos. Para a magistrada, o machismo estrutural precisa ser enfrentado com o cumprimento dos direitos constitucionais, tratando a igualdade como um princípio de nação, independente de políticas públicas exercidas por determinados governos.
A ministra também abordou a questão da desigualdade de gênero na comunidade jurídica. Para Carmen Lúcia, as mulheres conseguiram romper as barreiras do exercício da profissão, entretanto ainda são excluídas dos cargos de liderança. "Em concursos para magistratura, um número enorme de mulheres são aprovadas. Mas, quando a juíza tem uma promoção, diz que vai pensar se pode aceitar, porque volta pra casa e, se tiver filho, precisa ver como ficará a criança, como vai organizar a vida. Quando um homem é promovido, ele chega em casa com uma bebida para comemorar com a esposa e não se preocupa com isso."
Para a ministra, a condição feminina no mercado de trabalho é afetada por contingências culturais e sociais, que não podem ser alteradas unicamente por meio de leis. Na sua visão, essa alteração de paradigma deve ser construída por meio da educação e do cumprimento das garantias constitucionais. "Para que tenhamos uma democracia de direito, nos termos constitucionalmente postos, precisamos andar neste caminho. Não apenas no caminho da igualdade, como posta na Constituição, mas de igualação, num movimento permanente de conquistas de homens e mulheres serem o que a Constituição estabelece, iguais em direitos e deveres", completou.
Também participaram do evento o prefeito municipal de São Jerônimo, Evandro Heberle; o presidente da Associação dos Municípios da Região Carbonífera, Helton Barreto; o presidente da OAB -- Subseção São Jerônimo, Endrigo Durgante; o diretor geral da Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Moreira; os gestores da Aelbra, Rogério Diolvan Malgarin, Adilson Ratund e Marcos Fernando Ziemer; entre outras autoridades e gestores da Universidade. A coordenadora do curso de Direito da Ulbra São Jerônimo, Alessandra Mizuta de Brito, que organizou o evento com os demais professores do curso, também participaram da noite.
Para assistir o evento, clique aqui.
Dorley Dorneles
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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