A pesquisa sobre "Emissões indiretas de GEE em usinas hidrelétricas: uma revisão focada nos fatores de incerteza em estudos de ACV", da docente do Centro Universitário Luterano de Santarém (Ceuls/Ulbra), Marla Teresinha Barbosa Geller e dos pesquisadores, Jacqueline Lopes Bailão,  Maria Emília de Lima Tostes e  Anderson Alvarenga de Moura Meneses, ganhou repercussão nacional.  O estudo foi divulgado  na revista Desenvolvimento e Meio Ambiente  da Universidade Federal do Paraná (UFPR) está disponível em revistas.ufpr.br

O trabalho teve como objetivo apresentar algumas descobertas, e destacar e discutir os fatores que  influenciam as Avaliações do Ciclo de Vida (ACVs) das Usinas Hidrelétricas (UHEs), tais como: emissões  indiretas; diferentes fases das UHEs (construção, operação e desativação), relação escala/produtividade das  UHEs; os tipos de projetos (reservatório e fio d'água); e o uso da terra. 

O estudo apresentou a comparação de diferentes fontes de energia através da ACV e a comparação entre diversas UHE com suas diferentes características.  A maioria dos resultados obtidos pelas ACVs de UHE indica que a fase de construção é  a mais influente para emissões indiretas devido ao uso de aço e concreto. Existe uma importante relação  entre o impacto e a produção, uma vez que plantas com maior produtividade terão seus impactos diluídos durante sua vida útil. A comparação dos resultados de ACV das UHEs com a ACV de outras fontes de energia  indica que, para a categoria analisada (Potencial de Aquecimento Global -- GWP), as UHEs apresentam um bom desempenho ambiental considerando as emissões quantificadas. 

A revisão indicou algumas incertezas relacionadas à ACV das UHEs e a necessidade de  realizar estudos futuros sobre os impactos ambientais das UHEs e apresentou sugestões que podem  contribuir para melhorar o uso da metodologia da ACV.