Congresso Saúde Mental
A problemática das drogas sob ângulos diversos
Saúde mental, problema de âmbito mundial
A ULBRA está realizando o II Congresso Internacional de Saúde Mental e Reabilitação Psicossocial no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre – RS, no período de 03 a 05 de outubro de 2012.
O evento tem por objetivo ser um fórum para discutir temas pertinentes à saúde mental e reabilitação psicossocial. A temática vai ao encontro das propostas de organismos nacionais, como o Ministério da Saúde do Brasil e internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Na primeira parte da manhã de terça-feira, 04.10, houve uma mesa-redonda em que o tema escolhido foi Álcool e outras Drogas: múltiplos olhares. Participaram do debate como convidados o mestre em antropologia social, Maurício Fiore, o juiz de Direito do Tribunal de Justiça do RJ, Rubens Casara, e o neurocientista do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ), João Menezes.
Para o antropólogo, o papel do Estado deve ser revisto no caso das drogas. “Atualmente o Estado é injusto e ineficaz, mas ele deve atuar como agenciador da política de minimizar danos”, salientou Maurício. Já o juiz Rubens destacou o fracasso da política criminal de drogas adotada, pois na maioria das vezes ela deixa mais sequelas do que produz soluções. “As drogas ilícitas são como um meio de gestão da miséria no Rio de Janeiro”, enfatizou o magistrado.
Para o neurocientista convidado os argumentos que embasam a proibição da maconha são questionáveis. “Não existe racionalidade na política sobre drogas ou mesmo no entendimento da sociedade do que deveria ser considerado droga”, enfatizou o pesquisador que destacou ainda o alto valor medicinal da planta e o quanto sua proibição impede o avanço dos estudos científicos.
Na continuidade dos trabalhos foi promovida uma palestra através de vídeo conferência com o professor em psiquiatria comunitária em Londres, o doutor Graham Thornicroff. O tema proposto foi Saúde Mental na Atenção Primária no Contexto Mundial. Autor de 24 livros e mais de 250 artigos em revistas especializadas no assunto, Graham sugeriu a criação de programas que façam o Estado aumentar o número de atendimentos a pessoas com problemas de saúde mental, independente da situação econômica do país. “É necessário que existam serviços para esse tipo de doença perto da casa dos pacientes e que haja um plano específico para os indivíduos. Infelizmente a maioria das pessoas com problemas de saúde mental não recebem nenhum tipo de tratamento”, enfatizou Graham.
O evento segue até sexta-feira, 05.10, no Centro de Eventos Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Outras informações sobre o II Congresso Internacional de Saúde Mental e Reabilitação Psicossocial estão disponíveis no site www.ulbra.br/saude-mental.
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