Estratégia
Docentes de Administração explicam como empresas escolhem seus talentos
Há vida no Dia do Administrador. E no mercado de trabalho também
Tão importante quanto a experiência do candidato para conseguir uma vaga de emprego, também está a forma como as empresas organizam seus processos de seleção. Entre anúncios em murais internos e entrevistas, o recrutamento é uma etapa decisiva para quem busca espaço no mercado de trabalho.
No Dia do Administrador, celebrado em 9 de setembro, professores do curso de Administração da Ulbra São Jerônimo explicam como esse processo acontece e por que ele se tornou estratégico para as organizações.
Recrutamento interno: valorizando quem já está na empresa
Segundo o professor Álvaro Werlang, mestre em Gestão de Negócios e coordenador do curso de Administração da Ulbra São Jerônimo, muitas empresas começam olhando para o próprio time. Esse é o chamado recrutamento interno, em que a organização aposta nos funcionários já contratados.
O famoso "Banco de Talentos" reúne informações sobre cada colaborador, como desempenho, habilidades e potencial de crescimento, e serve como base para promoções e novas oportunidades. Em cargos estratégicos, algumas instituições usam até o Banco de Substitutos, uma espécie de "plano B" que garante a reposição rápida de funções consideradas chave.
- A vantagem é clara, economia, rapidez e valorização dos profissionais da casa. O risco, porém, é gerar frustração nos que não forem escolhidos ou até reduzir a inovação dentro da equipe, explica Werlang.
Recrutamento externo: novas ideias e experiências
Quando a busca vai além dos muros da empresa, entra em cena o recrutamento externo. De acordo com Werlang, os talentos podem surgir de diferentes lugares: indicações, currículos em bancos de dados, anúncios em jornais, redes sociais, parcerias com universidades, sindicatos e até consultorias especializadas conhecidas como headhunters.
- Esse modelo traz o famoso "sangue novo", proporcionando diversidade de ideias e experiências. Mas exige mais tempo, investimento e pode mexer com o clima interno, já que nem sempre a equipe recebe bem a chegada de um novo colega - completa o professor Marco Miller Trainini, mestre em Administração, com experiência em Gestão Empresarial, Consultoria e Assessoria Empresarial.
Como funciona a seleção
Depois do recrutamento, começa o verdadeiro funil: entrevistas, testes escritos, redações e até avaliações psicológicas podem fazer parte da triagem. Só então os aprovados seguem para a etapa de contratação.
- O recrutamento deixou de ser apenas a necessidade de preencher postos de trabalho. Ele virou estratégia, porque cada contratação pode impactar diretamente os rumos e resultados de uma organização, avalia o professor Cássius Dimítrus Rigotti Ferrão, especialista em Gestão Estratégica, Finanças e Empresas Inovadoras.
Mercado em movimento: os números do Caged
Enquanto os administradores celebram sua data, o mercado também mostra motivos para refletir. Segundo os dados mais recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil gerou 129.775 novos empregos formais em julho, acumulando 1.347.807 vagas entre janeiro e julho de 2025, representando um crescimento de 2,86%.
O saldo positivo foi puxado principalmente pelo setor de serviços (50.159 vagas), seguido por comércio (27.325), indústria (24.426), construção (19.066) e agropecuária (8.795). Apesar do avanço, os números de julho ficaram 32,2% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024, sinalizando uma desaceleração pontual.
- No Dia do Administrador, celebrar o ofício é também entender o contexto macro que impacta nossos egressos. Esses dados do Caged mostram que, apesar dos desafios econômicos, ainda há espaço para planejar, recrutar e formar com propósito. Administrar, afinal, é conectar talento e oportunidade e isso começa na sala de aula - salienta o professor Werlang.
O papel da Ulbra São Jerônimo
Para o coordenador, os números reforçam a missão da Universidade em preparar profissionais atentos às mudanças do mercado. Mais do que comemorar, é hora de entender que cada contratação é estratégica e que formar profissionais capazes de traduzir números em decisões é um dos grandes diferenciais da Ulbra São Jerônimo para a Região Carbonífera.
- Esses indicadores realimentam nosso compromisso como Universidade, de preparar gestores que enxerguem além dos relatórios e que transformem dados em planos de carreira e empregabilidade. Nossos alunos precisam identificar essas tendências para orientar suas escolhas. Administrar com impacto exige visão de mercado e sensibilidade social, dois pilares que buscamos fortalecer no curso de Administração da Ulbra São Jerônimo - finaliza o coordenador Álvaro Werlang.
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