Na construção e no design de interiores, o vidro é protagonista. Seja para buscar economia, gerar energia, diminuir ruídos, promover segurança ou pelo menos por questões estéticas, esse material é objeto de estudo obrigatório para quem deseja atuar no universo da engenharia, arquitetura ou decoração. Pensando nisso, o curso superior de Design de Interiores promoveu uma saída de campo à Central de Espelhos, empresa que trabalha na manufatura de vidros. Os alunos puderam conhecer as técnicas de fabricação, características e os novos produtos que já estão ou vão estar em breve no mercado.

De acordo com a coordenadora da graduação, Rosane Machado, a visita à Central de Espelhos foi a alternativa prática de mostrar aos alunos os produtos para revestimento externo e interno predial, de móveis, paredes, pisos e assemelhados. "Esta proximidade com o processo de manufatura do vidro é muito importante para que os estudantes conheçam o material e a sua especificação adequada aos projetos de interiores", explica a professora. Os estudantes assistiram a uma palestra sobre os diversos tipos e técnicas de fabricação de vidros e depois visitaram o setor de produção.

O vidro pode, segundo a professora, valorizar e dar caráter inovador aos projetos. É um material transparente, com cores e texturas diversas, que oferecem soluções simples e sem sujeira na hora de integrar ou ampliar ambientes. "Ele pode reduzir os gastos de energia e, dentro da filosofia do ambientalmente correto, é reciclável. Além disso, é um material muito versátil", afirma Rosane. A professora ressalta ainda que os vidros são de fácil instalação e manutenção, sendo portanto uma tendência em um mercado onde tempo e dinheiro sempre fizeram diferença.

A ORIGEM DO VIDRO - Pouco se sabe sobre a origem do vidro. Sua descoberta acidental pode ter ocorrido entre 3000 e 2000 a.C., em regiões como o Egito ou a Mesopotâmia. Os autores contam que os fenícios foram, provavelmente, o primeiro povo a observar a formação de um líquido transparente quando os blocos de nitrato que utilizavam para cozinhar derretiam e se misturavam à areia. Em 1500 a.C., artesãos egípcios já produziam vasos com o material e o primeiro manual de fabricação de vidro apareceu na Assíria por volta de 650 a.C. Os pesquisadores relatam que a novidade foi levada para a Europa ocidental pelos romanos, que aprenderam com os sírios a técnica artística do sopro de vidro. Com a expansão do Império Romano, a descoberta foi popularizada e, no século 13, Veneza tornou-se o maior centro produtor do material no mundo ocidental.