Acadêmicos apresentaram resultado das aprendizagens adquiridas durante o semestre. Foto: Carla Miller Trainini

Vivenciar a prática de um julgamento real de Tribunal do Júri foi o objetivo do Júri Simulado promovido pelo curso de Direito da Ulbra São Jerônimo na noite desta quinta-feira (14/05). A atividade foi totalmente desenvolvida pelos acadêmicos, que criaram no decorrer do semestre letivo um processo fictício envolvendo a morte de um personagem, até chegar ao ato de julgamento do réu.

O Júri Simulado foi promovido na disciplina de Prática Jurídica em Direito Penal, ministrada pelo professor Endrigo Durgante e contou com a presença de egressos do curso.

- Essa atividade teve como principal objetivo proporcionar aos acadêmicos a oportunidade de colocar em prática seus conhecimentos teóricos, permitindo que aprimorassem suas competências de argumentação, pensamento crítico e também o trabalho em equipe. A proposta foi de que eles pudessem sentir o clima de um julgamento -- explica o professor, que assumiu o papel de juiz durante a atividade.

Desenvolvimento de habilidades

Um Júri Simulado é uma atividade de ensino prática que consiste em recriar um julgamento de Tribunal do Júri, onde os alunos assumem diferentes papéis como juiz, promotor, advogado de defesa, jurados, testemunhas e um ou mais réus. A simulação busca desenvolver habilidades de argumentação, comunicação e compreensão do sistema jurídico através da aplicação do conhecimento teórico em um contexto prático. Na atividade promovida, acadêmicos se transformaram em todos os personagens e impressionaram pela desenvoltura de suas atuações.

- Da plateia senti um orgulho imenso por ver os acadêmicos em ação, desenvolvendo oratória, argumentação e diversas técnicas. Eles me impressionaram muito, foram convincentes como se estivéssemos, de fato, em um Tribunal do Júri. Os demais alunos que estavam na plateia comigo acompanharam atentamente a atividade e isso foi incrível de presenciar -- ressalta a professora Luísa Rabbadan, que assistiu ao Júri Simulado junto com seus acadêmicos da disciplina de Introdução, Teoria do Direito e Hermenêutica.

Experiência marcante

Para a acadêmica Daniela Araújo, que assumiu a personagem de delegada no processo fictício, a possibilidade de vivenciar na prática os aprendizados adquiridos em sala de aula foi uma oportunidade ímpar e significativa.

- O Júri Simulado foi uma experiência marcante, repleta de emoção, responsabilidade e crescimento. Estar ali, diante de um auditório cheio, sentindo na pele a dinâmica de um tribunal e colocando em prática cada teoria estudada, foi algo que nos engrandeceu profundamente como estudantes e futuros profissionais do Direito. Foi inspirador ver cada colega comprometido e cada detalhe cuidadosamente preparado para a conclusão da atividade, que foi o julgamento do réu -- conclui a acadêmica.

Acadêmicos envolvidos na simulação

O processo fictício criado pelos acadêmicos teve o total de 44 páginas, incluindo boletim de ocorrência, testemunhos, laudo de corpo de delito, despachos e provas de acusação, exatamente como acontece na vida real. 

O personagem de réu foi exercido pelo acadêmico Rodolfo Viacava. Em sua defesa atuaram as acadêmicas Luiza Cezarino e Maria Isabela de Oliveira e representando a promotoria atuaram os acadêmicos Daniel Marins e Vitor Villarinho. A delegada do caso foi a acadêmica Daniela Araújo e o papel de Juiz foi exercido pelo professor Endrigo Durgante, que contou com a assessoria do acadêmico Guilherme Michalski.

O Júri Simulado teve depoimento das testemunhas de acusação exercidas pelas acadêmicas Josiele Menezes e Karen Carvalho, e pelas testemunhas de defesa exercidas pelos acadêmicos Miguel Gerhardt, Pedro Nascimento e Manuela Ferreira. 

Os papéis de jurados ficaram por conta dos acadêmicos Emmanuel Souza, Laura Ellena, Luciane Dessbessel, Elisandra Leotti, Thiago de Araújo, Luiza Assis e Bruna Eduarda. Juntos, depois de analisarem as argumentações da promotoria e da defesa, eles votaram pela condenação fictícia do réu.