Rodrigo Schu: medalha de bronze na Copa Brasil de Paraciclismo Foto: Arquivo Pessoal/Facebook

O acadêmico do curso de Educação Física da Ulbra São Jerônimo, Rodrigo Schu, conquistou mais duas medalhas de bronze em sua carreira de paratleta, em competição ocorrida em João Pessoa, na Paraíba. As provas aconteceram ao lado do Farol de Cabo Branco, conhecido como o extremo oriental das Américas, em uma orla de vento constante e um percurso de 3,800m por volta.

A primeira participação ocorreu no sábado, 25/09, na disputa do contrarrelógio, onde Schu manteve bom ritmo e garantiu o bronze nas quatro voltas. Já no domingo, 26/09,  a prova de resistência era de 1h40' onde a falta de experiência o fez andar fora do pelotão e gastar muita energia enfrentando o vento. Mesmo com a adversidade, conseguiu manter o resultado do dia anterior e levando o bronze novamente.

- Primeiramente quero agradecer a todos que de um jeito ou de outro me ajudaram a estar aqui hoje. Depois de muito esforço, vou levar para casa a medalha de bronze, terceiro lugar na categoria H3 (minha categoria) da Copa Brasil de Paraciclismo. Eu tô realmente muito feliz com o resultado que consegui, mas se não fosse a ajuda de cada um de vocês, eu não teria conseguido! Obrigado -, comemorou o paratleta nas redes sociais.

Schu participou recentemente de atividade online promovida pelo campus, tendo sido um dos painelistas no evento alusivo à pratica de ciclismo na região Carbonífera, quando abordou sobre as modalidades no paraciclismo. A live pode ser vista no link https://youtu.be/YwOxthB5rl8.

Patrocínios

A ida a João Pessoa contou com patrocínios das empresas Fabricio Petroquímica, Mimo Pet Veterinaria, Nutri Vanusci, Mercado Rosani, Diego Treinador, Materia Prima Suplementos Triunfo, Darlin Pilates, Mercado Esforço e Tradição, Posto Proeste, Lancheria Proeste, Bichos Da Casa, Raptors, Dutumob, e Lucas Pereira Personal.

Schu também teve apoio de um amigo muito especial, do tempo em que foram colegas no Ensino Médio, colaboração imprescindível para esta competição.

- Agradeço imensamente o carinho do amigo Juliano Maia, que pagou integralmente minha passagem para João Pessoa. Muito obrigado - finaliza Schu, em reconhecimento ao incentivo do amigo.

> Saiba mais sobre o paraciclismo

O paraciclismo é um dos esportes mais praticados no mundo por pessoas com deficiência e já é tradição nas Paralimpíadas. Desde Moscou, em 1980, até Tóquio 2020, a modalidade evoluiu, adotou novas categorias e hoje engloba atletas de ambos os sexos com dificuldade de locomoção, amputados, cadeirantes e pessoas com deficiência visual.

O paraciclismo é disputado em provas de pista (velódromos) e de estrada e tem algumas diferenças do ciclismo convencional. Entre os atletas com dificuldade de locomoção, as bicicletas podem ser convencionais ou triciclos, de acordo com grau de deficiência do atleta. Os atletas com deficiência visual pedalam em uma bicicleta de dois lugares chamada de tandem, sendo guiados por outra pessoa que enxerga normalmente e que fica no banco da frente. Os cadeirantes utilizam uma bicicleta adaptada, a handbike, cujos pedais são impulsionados pelas mãos dos competidores.

> Atletas são classificados em classes

H1 a H4: Ciclistas utilizam a handbike, sendo H1 para atletas mais debilitados e H4, menos.
T1 e T2: Ciclistas com paralisia cerebral cuja deficiência os impede de andarem e que competem em triciclos.
C1 a C5: Classes direcionadas aos competidores com deficiência físico-motora e amputados que competem em bicicletas convencionais. A C1 é para graus mais severos de deficiência e a C5, para menores graus.
Tandem: Classe destinada aos deficientes visuais, que utilizam a bicicleta de dois lugares.