AMEAÇA NO AR
Ulbra integra estudo que monitora espécie de abelha invasora
Professor da Universidade participa de pesquisa sobre mamangava europeia

A Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) integra o estudo do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) que verifica se a abelha mamangava europeia invasora (Bombus terrestris) já está em território brasileiro, em áreas de fronteira entre Brasil e Uruguai. O biólogo e professor da Ulbra Jefferson Nunes Radaeski está em campo, ao lado de outros pesquisadores, avaliando áreas de cidades como Aceguá, Pedras Altas e Santa Vitória do Palmar, indicadas como portas de invasão da espécie exótica que tem potencial de trazer danos para a biodiversidade.
Docente nos cursos de Agronomia, Biomedicina e Biologia da Ulbra, Radaeski destaca que o grupo está avaliando e identificando plantas visitadas pelas abelhas nativas que podem estar ameaçadas com a chegada da abelha exótica Bombus terrestris em território brasileiro. "Desta forma, saberemos quais plantas são importantes para as mamangavas nativas e será possível elaborações de estratégias para manejo. Essa identificação será realizada por meio de análise de pólen das flores no corpo das abelhas. O estudo deve ter um tempo mínimo de vigência de quatro anos", ressalta.
Radaeski explica que, em relação às coletas, as abelhas mamangavas nativas serão capturadas durante suas visitas às flores ao longo de um dia, a cada dois meses, durante um ano. "Teremos a etapa de coleta e análise das amostras, interpretação dos resultados, discussão dos dados obtidos e divulgação das informações." O professor lembra a importância do projeto "Status das espécies de mamangavas nativas (Bombus) em áreas suscetíveis à invasão de Bombus terrestris na fronteira Brasil-Uruguai", pois atua em temáticas emergentes como a preocupação com os polinizadores, a produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade. "Fazer parte de um projeto com instituições e universidades de diferentes regiões do Brasil possibilita a obtenção de resultados bem fundamentados sobre a temática e trocas de experiências com demais pesquisadores envolvidos", ressalta.
Impactos na produção
De acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), apesar da espécie de abelha mamangava ser considerada boa polinizadora, como invasora, pode se tornar altamente competitiva, causando impactos negativos na produção de mel, na polinização e até levar à extinção de espécies nativas em determinados locais.
Introduzida no Chile para polinização de culturas, a abelha mamangava europeia invasora chegou à Argentina e poderá se expandir alcançando outros países sul-americanos num futuro próximo, segundo estudo da Universidade de São Paulo (USP), realizado em 2015. O projeto é coordenado pelo DDPA, órgão ligado à Seapi, e conta com a colaboração dos pesquisadores da USP André Luís Acosta, Antônio Mauro Saraiva, Vera Imperatriz-Fonseca, da Ulbra Jefferson Radaeski, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) Patrícia Nunes-Silva e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) Carlos Yung-Dias.
Janice Silva
Assessoria de Comunicação Ulbra
Notícias relacionadas
-
23
JUNINTEGRAÇÃO Ulbra Cachoeira leva tema inteligência emocional ao Terreno Gastronomia -
23
JUNFORMAÇÃO COMPLETA Ulbra investe na conexão entre esporte e educação -
23
JUNCARREIRA PROFISSIONAL PDA 2025 mobiliza estudantes do Ensino Médio na Ulbra Cachoeira -
18
JUNINTEGRAÇÃO Egressos da Ulbra Cachoeira desenvolvem software de gestão para a Odonto
Últimas notícias
-
18
JUNSOLIDARIEDADE São João da Ulbra Cachoeira com Aquece Junino e desafio solidário -
17
JUNRECONHECIMENTO Ulbra recebe medalha da Câmara Federal por acolhimento na enchente -
16
JUNENTRETENIMENTO Marcito Castro traz um show de humor e solidariedade na Ulbra Cachoeira -
11
JUNJUSTIÇA DO TRABALHO Juiz do Trabalho fala sobre "pejotização" para o Direito e Psicologia