Muito além das salas de aula
ULBRA realiza expedição no município do Careiro Castanho
ULBRA Manaus visita a Comunidade do Lago do Tracajá
Com o intuito de estabelecer uma parceria entre a ULBRA Manaus e o Hotel de Selva Amazon Turtle Lodge, foi realizada nos dias 16 e 17 de maio, uma visita exploratória no município do Careiro Castanho (distância de 100km de Manaus) próximo ao Lago do Tracajá. Representaram a universidade, o coordenador de ensino Evandro Brandão, o coordenador de engenharia ambiental Graciélio Magalhães e a estudante de Arquitetura e Urbanismo Aline Santa Brígida.
A visita também teve a finalidade de obter o reconhecimento e exploração da comunidade local, realizando coleta de informações para avaliação dos interesses dos termos de cooperação.
O proprietário do Hotel Amazon Turtle Lodge José Max Maia, realiza atividades que incluem os moradores das comunidades vizinhas e em parceria com a Ulbra deseja desenvolver mais projetos. "O meu objetivo sempre foi envolver a comunidade no trabalho, proporcionar atividades para todos da região. Através da parceria com a ULBRA, além de ajudar a comunidade, podemos integrar os alunos para atividades dentro da área florestal no entorno do hotel, possibilitando realização de pesquisa científica," comentou Max Maia.
Na oportunidade a equipe da ULBRA visitou a Comunidade do Lago do Tracajá que fica no município do Careiro Castanho. Em reunião com alguns moradores da localidade foi possível perceber quais as atividades agrícolas que fazem parte do sustento das 62 famílias que residem na região.
Entre as frutas mais cultivadas na comunidade está o cupuaçu, maracujá e goiaba. E atualmente, os moradores revendem somente a polpa e descartam os outros elementos da fruta.
Em conversa com a comunidade, o coordenador Evandro Brandão relatou que existe a possibilidade da Ulbra ajudar a comunidade em curto prazo. "A partir dos convênios que a ULBRA possui com algumas empresas, podemos disponibilizar profissionais para compartilhar idéias e auxiliar de maneira significativa na atual situação da comunidade", disse ele.
Os moradores também relataram que sentem falta da parte técnica, da instrução obtida através de profissionais da área de agronomia para que eles possam plantar e cultivar de maneira correta e rentável.
A presidente da Comunidade Lago do Tracajá Aldenira Rodrigues, relatou que a comunidade precisa de apoio." Sentimos a necessidade de aprender algo novo, de atividades e projetos que nos auxiliem diariamente. E com instruções profissionais não haveria desperdiço de material, mas desenvolvimento de outros produtos regionais, garantindo uma renda estável e suficiente para as famílias da nossa comunidade", disse a agricultora.
A partir desses relatos a ULBRA Manaus apresentou alternativas que podem auxiliar no crescimento de renda através da produção de artesanato, por exemplo, reaproveitando todos os componentes das frutas cultivadas pelos moradores.
O professor Graciélio Magalhães apresentou algumas questões que seriam importantes para a comunidade. "O maior problema está em não ter acompanhamento e de não saber como plantar e cultivar. E é justamente esse apoio que a ULBRA quer oferecer através do desenvolvimento de projetos. A partir do auxílio com profissionais, todos da comunidade verão a diferença", disse ele.
Os representantes da ULBRA também participaram de uma caminhada dentro da área florestal do Lago Tracajá onde foi observada a vasta diversidade de plantas que podem ser utilizadas para pesquisas científicas, assim como todo o território visitado durante os dois dias.
A acadêmica Aline Brígida, que participou da visita está desenvolvendo projeto de uma casa flutuante e observou que a oportunidade foi maior do que imaginava. "Vim para ver qual a realidade dos ribeirinhos e fiquei impressionada. Quando você vai fazer qualquer projeto a visita possibilita coletar o que é realmente importante para o plano. Este tipo de pesquisa exploratória abre a visão e direciona o trabalho para aquilo que você tem a propor, pois é necessário considerar a opinião do morador, o ambiente e os costumes," disse a futura arquiteta.
Ensinar às pessoas a riqueza de obra prima que elas possuem nas mãos, despertar e incentivar o desenvolvimento intelectual está inserido em uma das visões da ULBRA, que pretende oferecer serviços através de projetos incluindo os acadêmicos da instituição.
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