INCENTIVO À PESQUISA
Ulbra Palmas tem projeto com negramina selecionado pelo Governo
Professora Conceição Previero pesquisa usos sustentáveis da planta
O desejo de explorar novos potenciais científicos da flora do Cerrado tornou-se realidade no projeto da professora doutora Conceição Previero, da Ulbra Palmas: sua pesquisa com a planta negramina foi selecionada para receber financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT). A entrega do cartão de fomento ocorreu na sexta-feira, 26, em cerimônia que reuniu pesquisadores do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Embrapa, Secretaria da Mulher, e representantes da FAPT.
A negramina é uma planta nativa do Cerrado, pouco explorada pela ciência, mas bastante presente no uso popular. Entre comunidades tradicionais e indígenas, é utilizada em rituais de cura, banhos contra gripe e até como repelente natural em galinheiros, por suas propriedades inseticidas. Além disso, sua presença é considerada um indicador ambiental, já que costuma desaparecer em áreas impactadas, marcando sua relevância para estudos de preservação.
A professora doutora Conceição Previero explicou os objetivos e o impacto do trabalho: "O nosso produto vai ser um bioinsumo de uma espécie nativa do Cerrado, que tem propriedades inseticidas. A iniciativa é gerar um negócio a partir da pesquisa. Nos dois primeiros anos, a universidade e a FAPT dão suporte, e depois o pesquisador deve caminhar com as próprias pernas. (...) É uma espécie pouco visível, mas que já é utilizada no conhecimento popular, desde rituais indígenas até como repelente natural. Isso nos motivou a estudá-la e propor sua bioprospecção".
A pesquisa terá duração de dois anos, sendo contemplada com o valor de R$ 100 mil para desenvolvimento, e será conduzida dentro do fragmento preservado de Cerrado no campus da Ulbra Palmas, o Terraquarium. Para capturar variações no metabolismo da planta, as coletas de folhas acontecerão em três horários do dia (às 8h, 12h e 16h) nos dois períodos do ano (verão e inverno, em fevereiro e agosto).
"Isso mostra a relevância da universidade e a referência que temos na formação de profissionais, através de pesquisadores dedicados, com alunos inseridos em projetos como este que beneficiam e projetam o estado do Tocantins no cenário nacional. Dessa forma, contribuímos também com o nosso papel de promover o crescimento e desenvolvimento da comunidade onde estamos inseridos", disse o reitor da Ulbra Palmas, Marcelo Muller.
O presidente interino da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT), Gilberto Pereira, ressaltou que o momento representa um divisor de águas para a ciência e inovação no Estado: "É com muita alegria que recebemos todos aqui na nossa Casa da Ciência. Estamos vivendo um momento de fortalecimento da pesquisa no Tocantins. O financiamento que hoje entregamos simboliza a hora da coleta: os pesquisadores terão condições de realizar, na prática, aquilo que tanto sonharam. Queremos cada vez mais fortalecer o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação do Tocantins, aproveitando o fundo estadual para investir de forma eficaz em pesquisas que transformam".
A Secretaria da Mulher e da Igualdade Racial, Larissa Rosenda, destacou a importância da presença feminina em espaços de pesquisa e inovação: "Nós, mulheres, precisamos estar à frente da gestão, da pesquisa, da presidência. Ver mulheres pesquisadoras ocupando esse espaço é motivo de orgulho e reconhecimento para o nosso Estado. A ausência de pesquisa tem sido um dos maiores desafios do Tocantins, e iniciativas como esta nos ajudam a compreender melhor nossa realidade e encontrar soluções. Espero que esse seja apenas o início, e que muitas outras mulheres façam parte de novas edições desse projeto".
Incentivos à pesquisa
Além deste projeto com a FAPT, a professora já captou outros dois financiamentos relevantes. Um deles, também com o incentivo da FAPT, contempla os torrãozeiros na região do Cantão, com aporte de R$ 100 mil ao projeto. E o outro, desenvolvido em parceria com a empresa Yara Fertilizantes, que analisou o uso do sorgo e do milho em práticas agrícolas, contou com um investimento de R$ 180 mil.
Por Karoliny Santiago
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