Seminário
Saúde da população negra é tema de seminário na Ulbra Canoas
Atividade busca debater a incidência de anemia falciforme e racismo
Acontece durante esta terça-feira, 7 de novembro, na Ulbra Canoas, o seminário Política Integral de Saúde da População Negra. A ação, promovida nos períodos manhã e tarde, busca ampliar as discussões sobre Anemia Falciforme e fortalecer as estratégias de combate ao Racismo Institucional. A atividade é uma parceria entre a Diretoria de Assuntos Comunitários da Ulbra, o curso de Enfermagem e Faculdades EST, e traz o apoio da Liga Acadêmica de Saúde Coletiva da Ulbra e a Associação Gaúcha de Doença Falciforme.
Durante a manhã, acadêmicos e profissionais de Unidades Básicas de Saúde de Canoas acompanharam debates e discussões sobre a Doença Falciforme, suas características e a forte incidência em afrodescendentes, conduzidos pelo médico João Ricardo Friedrisch, doutor em Medicina pela UFGRS. Outra abordagem nesse dia é sobre Racismo Institucional como Determinante e Condicionante Social: Fator de Desigualdade e Violência, tratado pelo bacharel em Direito e membro da Comissão Permanente de Combate ao Racismo Institucional do Ministério da Saúde no RS, Stênio Dias Pinto Rodrigues.
Pela tarde, serão tratadas as mesmas temáticas, direcionadas a outro público de profissionais em saúde da região, conselhos de saúde, representantes de quilombos e de movimentos sociais. A coordenadora técnica do evento, Selenir Corrêa Gonçalves Kronbauer, mestre em Teologia, religião e educação e docente da EST, conta a importância de tratar desses assuntos com a comunidade acadêmica e profissional. "O nosso objetivo é fazer com que o conhecimento chegue até as pessoas, para quando forem atuar junto à comunidade, elas saibam lidar com os pacientes e familiares que tenham Anemia Falciforme, além de buscar mais eficácia no diagnóstico e tratamento da doença", afirma.
Ela destaca também a importância de promover debates sobre o racismo nas instituições, para um público que atua ou irá atuar nesses espaços. "Às vezes pela condição da pessoa, enquanto afrodescendente, ela não recebe uma abordagem adequada como outro indivíduo com outra cor de pele, isso prejudica o diagnóstico e principalmente o tratamento da doença, que é mais frequente em negros e que pode ser confundida com outras patologias como reumatismo, por exemplo", explica a docente.
Além da Ulbra Canoas, o Seminário já foi realizado no Campus Gravataí e acontecerá também no Campus Torres.
Mariana Viegas
Estudante de Jornalismo da Ulbra Canoas
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