Beto Albuquerque falou a respeito dos desafios que o Estado precisa superar

O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, palestrou na ULBRA, na noite desta segunda-feira, 29.08, tratando sobre desafios da infraestrutura e logística encontrados no Rio Grande do Sul. Dados relativos ao histórico e projeções para a área nos próximos anos foram apresentados para o auditório lotado por estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Logística.

Segundo o secretário, mais de 2 bilhões de reais deverão ser investidos em estradas e rodovias gaúchas. Dentre as ações, está previsto o término das que se arrastam por mais de 18 anos, em cidades como São Lourenço e Canguçu. Outro dado relevante é que 90% do carvão mineral do país está concentrado em minas a céu aberto no Rio Grande do Sul. Albuquerque salientou que esta energia representa 2.500 megawatts para o Estado, além de ser uma energia que não depende de variantes, como a intensidade de ventos ou períodos de secas. “É claro que é preciso pensar na preservação e ter uma exploração consciente, que utilize tecnologias limpas, para que no futuro não tenhamos problemas”, comentou.

Uma pergunta recorrente do público presente foi referente aos pedágios nas estradas gaúchas. O secretário explicou que os contratos serão todos revistos, que o modelo atual não é o mais adequado e também não favorece o cidadão que precisa circular pelas vias. “Não temos o interesse em renovar estes contratos, pelo contrário, precisamos discutir e exigir mudanças para que as praças sejam mantidas. Os polos foram mal distribuídos e precisam ser modificados. Quem viaja para a região de Rio Grande acaba gastando quase R$ 100, 00 para trafegar, na maioria dos trechos em estrada simples, sem duplicação ou benefícios que justifique estas cobranças. Quem paga para trafegar precisa ter qualidade no serviço prestado, como uma sinalização exemplar, além de ter pista dupla e segurança”, declarou.

Beto Albuquerque também falou a respeito dos investimentos nas hidrovias para potencializar a indústria e o turismo. “Precisamos melhorar as nossas hidrovias. Queremos iluminar a Lagoa dos Patos para reduzir o tempo de translado de cargas até o porto de Rio Grande em pelo menos sete horas, ganhando em competitividade com relação às estradas. Temos um dos 20 maiores portos do mundo, com um dos calados mais profundos, mas precisamos ter competitividade. Se viabilizarmos que os navios de grande porte cheguem até a capital teremos uma diminuição nas viagens de caminhões, barateando o custos dos fretes e fazendo a economia girar”, explicou.

Entretanto, Beto Albuquerque salientou que o Rio Grande só crescerá se estiver unido. “Não podemos continuar a ser ximango ou maragato, temos de ser gaúchos. Precisamos pensar no bem comum, projetar obras que possam retornar para todos os setores da nossa economia. Não podemos discutir se os problemas são deste ou daquele governo, precisamos atacar as prioridades. Um bom gestor terá de encontrar as soluções em si e não apontar os problemas nos outros. Mais investimentos, mais obras, mais desenvolvimento”, finalizou.

Antes da palestra iniciar, o vice-reitor da ULBRA, Valter Kuchenbecker, acompanhado dos pró-reitores de Graduação, Extensão e Assuntos Comunitários, Ricardo Willy Rieth, e Pesquisa e Pós-graduação, Erwin Francisco Tochtrop Junior, receberam Beto Albuquerque para apresentar o momento vivido pela Universidade, além de salientar a importância do apoio dos parlamentares no plano de reestruturação da ULBRA.