Atividade lúdica foi promovida para estimular a integração entre os participantes Foto: Marcus Perez/Ulbra

Mais de 60 colaboradores portadores deficiência participaram de uma atividade de acolhimento no auditório do prédio 11 da Ulbra, na tarde desta quarta-feira, 29 de março. Organizado pelo departamento de Recursos Humanos, juntamente com a direção do campus Canoas e e suporte do Programa Permanente de Acessibilidade (PPA), para a acessibilidade aos funcionários surdos e cegos, através de intérprete de libras e audiodescrição. O encontro é parte de uma série de ações desenvolvidas pela Instituição com o intuito de integrar Pessoas com Deficiência (PCD) à comunidade acadêmica. 

Na ocasião, o diretor do campus, Erivaldo Diniz de Brito, saudou a todos e destacou a importância do engajamento e empenho individual para a qualificação dos serviços prestados pela Universidade. "A partir do momento em que fazemos algo com amor e dedicação, o resultado é sempre o mesmo: a superação das dificuldades e o sucesso", enfatizou o gestor no começo da atividade.

Em seguida, o público foi convidado a participar de um momento lúdico. De posse de um microfone e de um carretel de barbante, a secretária da direção geral da Unidade, Cláudia Andrade, foi solicitando que cada um dos presentes se apresentasse dizendo seu nome, setor e uma palavra que descrevesse sua relação com os colegas e local de trabalho. Após realizarem a tarefa, os colaboradores deveriam passar a palavra para alguém do auditório, mas sem deixar cair a ponta do cordão que seguravam. Ao término da ação a explicação veio à tona: "o esforço de todos é muito importante, se eu solto a corda, alguém na outra ponta vai sentir a diferença, é o que a brincadeira nos mostra", avaliou Cláudia.

 Um convite para dividir experiências e histórias de vida

Concebido para ter periodicidade mensal, os encontros de acolhimento de Pessoas com Deficiência são momentos próprios para a troca de experiências. Nesta edição, José Luiz dos Santos Galvão, colaborador cego que há 11 anos trabalha na Universidade, e Tânia Mara Silveira da Silva, auxiliar administrativa do campus, dividiram suas impressões, histórias de vida e percepções com os demais colegas. "Minhas relações na Ulbra são muito boas e a Instituição sempre me envolveu nos processos, proporcionando a independência que eu preciso para trabalhar e me desenvolver profissionalmente", revelou Galvão, que atualmente integra a equipe do PPA. Em seu depoimento, Tânia Mara deixou uma mensagem de garra e esperança. Para ela, que há cinco meses atua junto à diretoria do campus, ter uma limitação de qualquer natureza não é sinônimo de incapacidade. "Nunca deixe que digam que você não pode ir além, quanto se tem um sonho, é preciso correr atrás, ter fé e determinação", disse a jovem que pensa estudar pedagogia em um futuro próximo. 

Segundo a analista de RH, Catiussa Stumm Torres, uma das idealizadoras da atividade, é através de iniciativas como essa que o sucesso das políticas de inclusão social da Instituição podem ser avaliadas. "É fundamental ouvi-los para saber como eles estão se sentindo e de que maneira percebem esse processo de adaptação ao ambiente de trabalho", comentou Catiussa, ao salientar o considerável crescimento de contratações de colaboradores deficientes ocorrida no último ano. "No começo de 2016, nós tínhamos cerca de 40 profissionais PCD atuando no campus. Hoje, são mais 80", pontuou a analista. Ao fim do encontro, os presentes confraternizaram e conversaram com comes e bebes proporcionados pela direção da Unidade.   

Marcus de Freitas Perez
Jornalista MTb 17.602