Está virando tradição no curso de Física da ULBRA Canoas a confraternização entre professores, alunos, egressos e coordenação. Os encontros regados com bate-papo servem para integrar, trocar idéias, experiências e garantir boas horas de lazer. Foi assim no último sábado, 6.6, e nos outros encontros. A aluna do primeiro semestre do curso, Maria Clara Ignácio Leite sugeriu ao coordenador Moacyr Marranghello que falasse sobre os encontros e recebeu por e-mail o seguinte relato:

"INTEGRAÇÃO"

Quando promovemos alguma coisa de importante na vida, sabemos que estamos de alguma forma, sendo importante para outras pessoas. Não importa se salvamos vidas, se trazemos alegria, se fazemos chorar, basta que esta "coisa" seja minimamente importante para alguém. Feito isso, a "coisa" valeu a pena.

Coordenar um curso não se resume apenas em despejar um monte de conteúdos para dentro da cabeça dos alunos. Coordenar um curso não significa ser mais importante que alguém. Coordenar um curso passa muito mais por trabalhar em equipe, prestar atenção nas necessidades das pessoas, criar condições para que todos sejam felizes e, sobretudo, que todos sejam importantes e se importem com a melhoria da qualidade do curso e, consequentemente das pessoas que, de algum modo, serão envolvidas no processo. Há muito tempo sabemos, e isto não foi instituído por alguém, apenas nasceu dessa forma, que as 24h do nosso dia são separadas em, 8h de trabalho, 8h de lazer e 8h de descanso. Quando resolvi ser professor sabia desde então que não teria os mesmo direitos de uma pessoa normal. Os alunos do curso, que já trabalham, também sabem disso. Passamos, no mínimo, 16 h trabalhando, 2h no lazer e, quando dá tempo, 6h descansando. Esse é o nosso dia-a-dia. Essa foi nossa escolha. Fomos nós que optamos por isso e ninguém, além de nós tem culpa disso. Pior ainda é que fazemos isso tudo rindo (vê se pode!). Por quê? Somente para ter o prazer de ver outras pessoas aprendendo. Nenhum dinheiro no mundo paga o sorriso de uma criança ou de um adolescente que nos diz, "valeu, sôr, aprendi".

Quando fazemos integrações, não coagimos ninguém a participar. Os ex-alunos vão porque sabem que vão encontrar ex-colegas, ex-professores, alunos novos e até futuros alunos. Muitos saem direto do trabalho, sala de aula, reuniões pedagógicas, reuniões administrativas, ou mesmo do convívio das famílias, pois sabem que ao reverem pessoas, estarão alimentando a alma e sendo importantes para as pessoas. Acredito firmemente que esses encontros não são para diversão, mas para alimentar as nossas vidas.