No centro, professor Laino Schneider (esquerda), Ivan Basegio e Beatriz Junqueira Foto: Luiz Munhoz/Ulbra

O engajamento e as iniciativas que a Ulbra vem desenvolvendo em benefício das pessoas com deficiência estão ganhando destaque na programação da 1ª Exposição de Tecnologia Assistiva e Inclusão, a ExpoTAI, que teve início nesta sexta-feira, 25 de agosto e segue até domingo, dia 27, no Vida Centro Humanístico (Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 2.132, Sarandi/Porto Alegre). Além da oferta de diversas oficinas, do atendimento em Libras e da apresentação dos trabalhos comunitários que a Instituição desenvolve, professores ainda integram a programação de mesas temáticas no evento. 

A primeira delas, "Formação na Universidade na perspectiva da Educação Inclusiva", na tarde desta sexta-feira, reuniu o Coordenador Institucional do Núcleo de Acessibilidade da Ulbra, Laino Alberto Schneider, o professor dos Cursos de Pedagogia e Educação Física e Coordenador do projeto de extensão Centro Interdisciplinar de Estudos em Psicomotricidade Relacional (CIEPRE) da Ulbra, Ivan Antonio Basegio e a professora do curso de Fisioterapia e colaboradora no CIEPRE, Beatriz Junqueira Pereira Paim, que dividiram as experiências com representantes de outras universidades. "Lembro do nosso primeiro aluno surdo, em 1994, e depois cego. Hoje são 120 acadêmicos PCDs e outros 300 funcionários com alguma deficiência. No ano passado definimos a nossa Política Institucional de Acessibilidade e temos como desafio a acessibilidade universal", relatou Schneider, reforçando que a Ulbra já é referência na área das tecnologias assistivas. 

Durante o bate-papo, o coordenador do CIEPRE apresentou os projetos desenvolvidos pelo Centro e os benefícios que o mesmo traz para a comunidade. Há 15 anos à frente da iniciativa, Basegio explicou que o projeto vai além do atendimento de crianças, adolescentes e adultos com deficiência. Os familiares também são atendidos pelo grupo, que hoje conta com a colaboração de cerca de 25 acadêmicos de diversos cursos da Instituição. "O projeto é interdisciplinar. O curso, de Estética, por exemplo, trabalha com as mães desses jovens no resgate da autoestima, além da contribuição de diversos outras graduações", exemplificou. 

Hoje o CIEPRE atende 44 pessoas com deficiência, chegando a 90 atendidos contando com os seus familiares. A participação da Ulbra em palestras segue neste sábado, 26 de agosto, das 17h às 18h, quando o professor José Filipe de Quadros Nunes, do Colégio Ulbra Martinho Lutero, de Guaíba, integra o bate-papo "A inclusão vai muito além de estrutura", contando o seu testemunho como pai e professor de um deficiente. 

Desafio do Vestir

Durante a ExpoTai, o curso de Design de Moda ainda leva para o estande da Ulbra um experimento de imersão sensorial através do projeto de Extensão de Moda Inclusiva coordenado pela professora e coordenadora adjunta do curso, Leticia Schiehll. No Desafio do Vestir, os participantes são privados de um dos sentidos e terão de colocar uma peça de roupa sem o auxílio da visão ou com algum membro do corpo amarrado. "O objetivo é simular situações de mobilidade reduzida", explicou a docente. Além disso, o curso expõe as três criações premiadas no I Concurso Moda Inclusiva RS realizado em junho pela Instituição. A participação da Universidade no evento integra a programação da 4ª Semana Ulbra da Pessoa com Deficiência.  

Marla Cardoso

Jornalista