Curso de Direito
Carlos Nejar realiza conferência na Ulbra Canoas
Evento debateu a relação entre direito e literatura
O curso de Direito da Ulbra Canoas promoveu um encontro com o procurador de justiça aposentado, escritor, poeta e tradutor Carlos Nejar, na noite de quinta-feira, 21 de setembro, na Universidade. O convidado abordou a relação entre direito e literatura e de que forma arte e ciência se complementam em um encontro mediado pelo professor de Direito da Universidade, Jorge Trindade. Dono de uma vasta obra literária, Nejar foi um dos indicados ao Prêmio Nobel de Literatura deste ano.
De acordo com a coordenadora do Direito da Instituição, o evento tem como propósito maior mostrar aos estudantes da área que o direito deve ser visto de forma transdisciplinar. "A ciência jurídica não constitui-se em uma ciência isolada. Não podemos falar em justiça sem pensar em aplicar esses conhecimentos de alguma maneira e a literatura vem para mostrar de que modo é possível humanizar as diferentes relações existentes no âmbito jurídico", explicou Alessandra.
Na abertura do evento o Pró-reitor de Acadêmico, Pedro Antonio González Hernández, agradeceu a Nejar pela presença, além de deixar um recado aos estudantes de Direito. "A geração de futuros advogados que nossa Universidade vai formar terá agora a oportunidade de escutá-lo e aprender com você", disse Hernández. Como mediador do evento, o professor Trindade fez a apresentação do palestrante, citando passagens da obra do escritor. "Carlos Nejar é um dos literatos mais importantes da nossa geração. Ele é ao mesmo tempo regional e universal, lírico e épico. Entretanto, a questão mais forte em seu trabalho literário é a força da palavra", ressaltou Trindade.
Durante sua conferência, Nejar fez observações sobre as diferenças existentes entre direito e literatura. "O direito se limita nas leis, e estas limitam-se nos códigos, mas a literatura, por força da imaginação, é ilimitada. O direito se demarca, mas a literatura ninguém consegue demarcar, porque ela fala da nossa condição humana, de nossos sonhos", argumentou.Ao abordar aspectos transdisciplinares relativos ao tema de sua palestra, Nejar apresentou reflexões significativas. "O Brasil e o mundo estão preocupados com a punição. Entretanto, devemos descobrir mais a nossa humanidade do que a culpa." Sobre sua atividade literária, Nejar fez várias considerações que incluíram definições poéticas. "Não é o escritor que cria o mundo, mas é a palavra que cria o escritor", salientou.
André Bresolin
Jornalista - MTb 18.183
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