Quando Jéssica Letícia Klein saiu da cidade de Chapada, no interior do Rio Grande do Sul, para frequentar as aulas do curso de Engenharia Química da ULBRA Canoas, ela não imaginava que percorreria bem mais do que os cerca de 340 Km que separam seu município do campus Canoas.

A aluna, que é bolsista pelo ProUni na Universidade, vai estudar na cidade de Coimbra, Portugal. As viagens possuem propósito acadêmico e são realizadas através da modalidade Graduação Sanduíche no Exterior, que faz parte do Programa Ciência Sem Fronteiras. A iniciativa do governo federal, lançada em parceria com instituições acadêmicas, tem o objetivo de levar alunos ao estrangeiro para aperfeiçoar sua formação, estimular suas competências e habilidades, além de auxiliar em seu desenvolvimento científico e tecnológico.

O intercâmbio de Jéssica ocorrerá através das chamadas abertas, modalidade em que os alunos participam de uma seleção nacional, feita pelo CNPq, com estudantes de todo Brasil.“Fiz minha inscrição no Programa Ciência Sem Fronteiras no final de maio e apenas um mês depois recebi um e-mail solicitando para eu escolher a instituição e o curso que pretendia estudar em Portugal. Fiz a opção pela universidade de Coimbra, pois ela possui ótima infra-estrutura, além de ser bem desenvolvida no curso de Engenharia Química. Lá pretendo dar ênfase aos meus estudos na área de biocombustíveis e energias renováveis e participar de pesquisas, se possível. Gosto desse segmento e, inclusive, já participei de um projeto de iniciação científica aqui na ULBRA”, salientou Jéssica.

Para a coordenadora de Relações Internacionais da Universidade, Kátia Maria Paim Pozzer, viagens acadêmicas para o exterior proporcionam grandes benefícios para os discentes. “Os estudantes têm a possibilidade de agregar conhecimento e experiência acadêmica. No aspecto pessoal, a vivência em outro país, com hábitos e cultura distintos, possibilitará um amadurecimento”, observou Kátia. O setor de Relações Internacionais faz a interlocução com as instituições de ensino estrangeiras, apresentando os alunos/candidatos, seus documentos e a solicitação do aceite destes.

O coordenador do curso de Engenharia Química da ULBRA Canoas, Luís Sidnei Barbosa Machado, destaca dois aspectos importantes no intercâmbio. “O fato de a estudante ser selecionada para estudar no exterior mostra a qualidade do ensino que oferecemos na Universidade. A experiência vai proporcionar para Jéssica um currículo diferenciado.” Opinião que é corroborada por Jéssica. “Creio que a adaptação e o esforço que terei que fazer tanto em nível acadêmico quanto pessoal me proporcionarão amadurecimento para enfrentar os desafios profissionais futuros”, afirmou a discente.

Apesar de ainda não ter viajado, a estudante deixa um conselho aos que almejam trilhar o mesmo caminho que ela: “Essa é uma oportunidade única. Para conquistá-la é preciso estudar bastante, fazer uma graduação obtendo notas elevadas, mas o esforço vale a pena”. Jéssica embarca em 11.09 para Portugal e lá deverá permanecer por 10 meses.