Participantes do workshop Finanças na Moda, na tarde desta quinta-feira Foto: Divulgação

Desde 2017, a Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, é sede do evento de moda afro-brasileira Fashion Black POA. Apoiada pela Ulbra e pelo Banrisul, a terceira edição ocorre entre esta quinta-feira e o sábado, de 15 a 17 de agosto. A programação do evento reúne workshops, bate-papos e um desfile de encerramento, no sábado, às 19h. A Agência Experimental de Comunicação (Agex) da Universidade foi a responsável pelo desenvolvimento da identidade visual do evento.

A participação da Ulbra também acontece através do workshop Eu existo? Produção de conteúdo na moda, ministrado pelos estagiários da Agex, em parceria com o professor Deivison Campos, coordenador dos cursos de Comunicação da Instituição. A atividade inicia às 9h30min, nesta sexta-feira, dia 16, na sala Sapato Florido da Casa de Cultura. 

Segundo Deivison, um dos objetivos mais relevantes do evento é a forma como proporciona e dissemina conhecimentos. "O Fashion Black possibilita um aprimoramento daqueles que têm produzido moda aqui, através da participação nessas oficinas e a oportunidade de ter uma discussão de ponta sobre o campo da moda", observou. 

Conheça um pouco mais sobre o Fashion Black 

O Fashion Black é um movimento que surgiu a partir de algumas produtoras de moda negra. Uma delas é Cláudia Campos, esposa de Deivison e egressa do curso de Design de Moda da Ulbra. Esse movimento busca dar visibilidade aos projetos autorais e valorizar o espaço político de presença da comunidade negra, em todos os campos da manifestação cultural. O Fashion Black foi pioneiro ao trazer essa discussão através de debates e da apresentação de workshops com diversos convidados da área.

Deivison também destaca a importância de contar com parcerias da área, como a colunista da revista Raça, Carol Barreto. Para ele, o Fashion Black se propõe a fomentar as relações internacionais e nacionais no ramo da moda, ajudando os consumidores a entender o que é lançado como tendência. "É importante para dar visibilidade a essas produções, principalmente em um momento que se fala muito em cultura negra, alinhada a uma moda mais autoral e sustentável. Dessa forma, essa relação entre uma cultura afro-brasileira, ligada à produção que tem por característica ser mais sustentável, faz do evento um lugar importante para a observação de tendências", finalizou o docente.

Emily Ebert
Estagiária de Jornalismo da Ulbra Canoas