Medicina
Tempo e atenção são os segredos para as emergências
Tempo e atenção são os segredos para as emergências
O último dia da Semana Acadêmica da Medicina contou com a palestra do psiquiatra Manoel da Costa Junior, que falou sobre as emergências mais frequentes da área. Segundo ele, não é o próprio psiquiatra quem vai enfrentar esse tipo de emergência. “A emergência psiquiátrica é tarefa de todo e qualquer médico, principalmente quem não é da psiquiatria”. Isso porque a necessidade de atendimento como esses geralmente surge em uma emergência clínica. “O psiquiatra recebe o paciente já diagnosticado. É o médico que não atende esta especialidade que vai ter que lidar com a emergência”, esclareceu durante a fala.
Pacientes de emergências psiquiátricas geralmente apresentam estados de sofrimento agudo, quadros de depressão ou outras doenças. O risco de morte não deve ser desconsiderado. “Pesquisas comprovam que 15% dos deprimidos cometem suicídios”, contextualizou o médico. “Identificar o risco de suicídio é uma questão de saúde pública”, enfatizou.
O conhecimento de medicações adequadas e procedimentos psiquiátricos é importante para agir nesses casos. Aos futuros médicos e médicas, Dr. Costa Junior aconselhou terem calma e empatia com os pacientes. “Emergência psiquiátrica é um atendimento de crise, e o médico vai oferecer alívio pra esse caso, deter o processo para reduzir os danos”, revelou. “A resposta para tudo é tempo e atenção para quem nos procura”, concluiu.
Morte encefálica foi tema da segunda palestra
O diagnóstico de morte encefálica pode significar a vida para outras pessoas. O paciente é um potencial doador de órgãos, e, por isso, médicos de qualquer especialidade devem estar preparados para um procedimento rápido e preciso. Quem falou sobre o tema foi a médica intesivista do Hospital Santa Casa, Fernanda Bonow.
O diagnóstico de morte cerebral é regulado pela legislação brasileira, e deve obedecer a uma série de exigências para ser aberto. As famílias precisam estar cientes e é preciso respeitar o tempo determinado para o resultado dos exames. “No Rio Grande do Sul, estima-se que haja cerca de 40 mortes encefálicas por milhão de habitante. Porém, deste total, apenas 40% viram doadores de órgãos”, informou.
Outras palestras da noite foram sobre Emergência de Queimados, com o dr. Antônio Fernandes, e sobre Emergências Toxicológicas, com a Dra Izabela Lucchese Gaviolli (foto). Ao término do evento, ocorreu a premiação dos melhores trabalhos apresentados pelos alunos durante a semana. A programação fechou com uma festa de confraternização entre os participantes.
A XV Semana Acadêmica da Medicina foi promovida pelo Centro Acadêmico da Medicina da ULBRA (Camu) e apoiadores. Além das palestras, a programação ofereceu uma série de workshops para os alunos conhecerem práticas de diferentes especialidades. O tema escolhido para esta edição foi Emergências e Urgências Médicas.
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