A X Jornada Acadêmica de Fonoaudiologia trouxe especialistas em diferentes áreas para palestrar aos acadêmicos da ULBRA Canoas. A presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Marlene Canarin Danessi,  iniciou o evento, falando sobre a necessidade de mais políticas públicas relacionadas à área. “ A Fono é uma área ligada à saúde e também à educação, mas com o tempo, foi deixando de lado o caráter educativo da profissão”,  analisou ela. O foco dos profissionais se voltou para o atendimento em clínicas, e não houve preocupação de se inserir no SUS ou em projetos educativos do governo. “Isso refletiu na dificuldade de inserção nas políticas públicas”. A missão dos futuros fonoaudiólogos é mudar esse panorama, trabalhando pela atenção à área no âmbito público e se inserindo no ambiente educacional cada vez mais.

Outros temas como fonoaudiologia forense, gagueira, educação e culinária para paciente disfágicos foram abordados pelos palestrantes. Para proporcionar práticas aos acadêmicos, foram realizadas oficinas sobre culinária para disfágicos e estimulação de linguagem em crianças com paralisia cerebral.

Implante coclear

Quem tem perda auditiva de grau severo ou profundo tem uma opção para voltar a ouvir: o implante coclear. Trata-se um dispositivo que estimula as células da cóclea (parte interna do ouvido responsável pela audição). A fonoaudióloga Karla Zimmerman, da Univali (Itajaí, SC), trabalha com os pacientes que usam o implante. “As crianças que utilizam podem tornar-se membros ativos de suas famílias e comunidades, ao invés de ficarem sozinhos e isolados”, contextualizou ela. “Nós filtramos o mundo pelo som, e o surdo não consegue fazer isso. O que não está na frente dele, não existe”.