Com políticas, investimentos e desenvolvimento o Brasil está conseguiu diminuir os índices de mortalidade infantil, aumentar a amamentação, melhorar as condições de saúde e nutrição das crianças, mas a mortalidade materna não acompanha esse estímulo. Essa é a constatação dos estudos do epidemiologista e pesquisador Cesar Victora, da UfPel, apresentada em palestra no último dia da Jornada em Saúde da ULBRA.

Fatores como abortos ilegais, nascimentos prematuros e alta ocorrência de cesarianas estão por trás dessa situação. Por exemplo, 11% das mortes maternas são decorrentes de abortos. São dados que apontam para uma situação alarmante. “Uma gravidez em cada quatro acaba em aborto. Mais da metade dos partos é por cesariana. É uma prevalência altíssima e um problema de saúde pública”, pontuou Victora. O médico e professor da ULBRA Ricardo Halpern participou de mesa redonda sobre o assunto, logo após a palestra.

A Jornada em Saúde da ULBRA ainda contou com a palestra Projeto pedagógico do curso de Medicina para formação do generalista, proferida pelo coordenador do curso de Medicina, Leo Doncatto. O evento ocorreu como prévia do 10º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva, que será realizado de 14 a 18.11, na UFRGS, em Porto Alegre.