A egressa do curso de História da ULBRA Canoas, Simone Silva da Silva, 25 anos, conquistou no início deste ano uma vaga para a pós-graduação em História na UFRGS. Natural de Campo Bom, Simone graduou-se em licenciatura, em 2010, e bacharelado, em 2011, tendo participado de projetos de Iniciação Científica junto ao Laboratório de Pesquisa no Mundo Antigo (Lapema), com orientação da professora Katia Pozzer.

Simone enfrentou um processo seletivo bastante exigente e disputado. Ela apresentou um projeto de pesquisa e, após a aprovação da proposta, passou por prova escrita e dissertação. “Os concorrentes deviam ler 10 bibliografias, e grande parte dos livros a professora Katia retirou na biblioteca da ULBRA. Ela tem grande parte nessa conquista”, ressalta. Dos quase 90 candidatos, 31 foram aprovados e Simone ficou na 15º colocação, com possibilidade de bolsa. 

O tema do projeto apresentado para concorrer à vaga, Imperialismo na Iconografia Assíria: A Representação dos Inimigos Deportados na Arte e nos Textos do I Milênio a.C, é parte do trabalho desenvolvido pelo Lapema da ULBRA, onde Simone atuou como bolsista de Iniciação Científica.

 “Pretendo absorver ao máximo tudo o que o mestrado me oferecer. Gostaria de poder ir ao exterior complementar a pesquisa, e tenho muita vontade de um dia ser professora universitária, ao exemplo da querida professora Katia Pozzer, que é um referencial para mim”, conta Simone.

Os caminhos na Graduação

A egressa do curso de História ingressou na ULBRA Canoas em 2006. “O principal motivo (de ter escolhido o curso) foi o fato de eu gostar muito de História desde os tempos de escola. Eu sabia que era a disciplina que eu mais gostava e, se eu me dedicasse, seria boa nisso”, argumenta. Segundo ela, outro fator importante foi ter recebido uma bolsa do Prouni, em 2006.

Já em 2007, a professora Katia Pozzer, coordenadora do Lapema, convidou os alunos a se inscreverem para um novo projeto de Iniciação Científica. “Imediatamente eu pensei: Ah, eu vou! É isso que eu quero”, lembra Simone. No fim da aula ela conversou com a professora e foi aceita para participar do estudo. Na época, Simone deixou o emprego em Campo Bom e se mudou para a casa de familiares em Canoas, mesmo sem garantia de uma bolsa de estudos no início. “Depois de um tempo, a professora Katia recebeu uma bolsa da Fapergs para o projeto e me presenteou com essa oportunidade”, conta.

Para ela, começar um projeto do zero no Lapema da ULBRA foi uma experiência única. “O tema da pesquisa era inovador no Brasil, tínhamos que recorrer a leituras em inglês e francês”, destaca. “Hoje, graças à pesquisa no Lapema, leio fluentemente nestas duas línguas”, ressalta. Além disso, a egressa destaca que a oportunidade contribuiu para a formação de um olhar mais crítico e foi um incentivo para buscar uma pós-graduação.