A ULBRA receberá 10 bolsistas angolanos no próximo semestre. Em uma cooperação com a petrolífera estatal Sonangol, os futuros universitários cursarão aqui sua graduação, para retornar à Angola com a qualificação necessária para atuar dentro dos quadros da empresa. Na manhã desta segunda-feira, a diretora da Sonangol, Maria Luisa Gameiro, se reuniu com a Reitoria da ULBRA, na companhia dos diretores da SR Consultoria, responsável pela operação do programa de bolsas para intercâmbio no Brasil. As bolsas são concedidas através de processo seletivo, definido pela própria Sonangol.

Seis angolanos estudarão no campus Canoas e outros quatro se matricularão no campus São Jerônimo, já no segundo semestre de 2013. Os cursos serão Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Produção Industrial e Ciências Econômicas. O programa existe desde a década de 1990, e pela primeira vez a ULBRA participará da cooperação. Outros 80 angolanos estão estudando em diversos países do mundo.

Os alunos cumprirão as atividades de seus cursos regularmente, como todos os demais estudantes. Também poderão contar com as atividades de apoio, cursos de extensão e idiomas, programas de pesquisa, estágios, mobilidade acadêmica e todos os serviços disponíveis para o acadêmico da ULBRA. Para complementar a adaptação ao país, os bolsistas também poderão frequentar o curso intensivo de Língua Portuguesa e Cultura Brasileira, que acontecerá durante as férias.

A comitiva de representantes foi recebida pelo reitor, Marcos Fernando Ziemer, o pró-reitor Acadêmico, Ricardo Rieth, o pró-reitor adjunto de Ensino Presencial, Pedro Hernández, o pró-reitor adjunto de Ensino a Distância, Pedro Cunha, o pró-reitor adjunto de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Erwin Tochtrop, o pró-reitor adjunto de Extensão e Assuntos Comunitários, Valter Kuchenbecker, o diretor da ULBRATECH, Márcio Machado e a assessora de Relações Internacionais, Kátia Pozzer.

Comprometimento com o povo angolano

Com a cooperação com a empresa angolana, a ULBRA abre uma nova possibilidade:  a de receber estudantes estrangeiros regularmente, sem estar vinculado a um intercâmbio. A resolução foi aprovada recentemente pelo Conselho Universitário. “É uma grande novidade. Estamos inaugurando um novo campo das Relações Internacionais, criando essa nova legislação. É uma novidade positiva. Dedicaremos até 10% das vagas de graduação para esses alunos a partir de agora”, ressalta a assessora Kátia Pozzer.

Abrir as portas para os angolanos também é uma oportunidade única, na visão de Kátia. “Temos um papel social e humano muito forte ao abrirmos as janelas para os africanos de língua portuguesa”, enfatiza. “Somos irmãos de língua, temos em comum traços de história e cultura, como a escravidão africana”, conclui.