Em setembro de 2012, a aluna do curso de Engenharia Química da ULBRA Canoas, Jéssica Letícia Klein, atravessou o Oceano Atlântico para dar continuidade à sua graduação na universidade portuguesa de Coimbra, uma das melhores e mais tradicionais de toda a Europa. Em julho deste ano, ela retornou ao Brasil com uma nova bagagem acadêmica, melhor preparada no quesito estudo e com boas lembranças.

Bolsista pelo ProUni na ULBRA, a estudante viajou ao exterior através da modalidade Graduação Sanduíche no Exterior, que faz parte do Programa Ciência Sem Fronteiras. A iniciativa do governo federal, lançada em parceria com instituições acadêmicas, tem o objetivo de levar alunos ao estrangeiro para aperfeiçoar sua formação, estimular suas competências e habilidades, além de auxiliar em seu desenvolvimento científico e tecnológico. O intercâmbio de Jéssica ocorreu através das chamadas abertas, modalidade em que os alunos participam de uma seleção nacional, feita pelo CNPq, com estudantes de todo Brasil.

Ao viajar, Jéssica pretendia aprofundar seus estudos nas áreas de biocombustíveis e energias renováveis, mas acabou modificando seu foco para a área de nanotecnologia, que em Coimbra é bem mais desenvolvida. O ambiente acadêmico vivenciado pela discente foi bem diferente do que ela estava acostumada no Brasil. “Na universidade de Coimbra os alunos recebem uma quantidade enorme de conteúdos, o que me fez criar um ritmo intenso de estudos, do contrário, não conseguiria acompanhar as aulas. Entretanto, isso foi muito bom para meu crescimento”. A estudante ainda ressaltou outros aspectos positivos do ambiente acadêmico. “Lá existe grande incentivo às pesquisas e os professores sempre tentam transmitir uma visão técnica dos assuntos, contextualizados com situações práticas de um engenheiro”, destacou. Para o coordenador de Engenharia Química da ULBRA, Luís Sidnei Machado, a aluna teve uma grande oportunidade de crescimento. “As experiências que ela vivenciou poderão ajudá-la, tanto na sua formação universitária, como no aspecto pessoal”. Opinião que é corroborada por Jéssica. “Pelo fato de ter que me virar sozinha em muita coisa em um país distante e com outra realidade, acho que tive um amadurecimento grande”, ressaltou ela.

Fora o ambiente acadêmico, a estudante se encantou com tudo que viveu no exterior, desde as amizades que fez até as viagens realizadas e os locais que conheceu. “Quando saí do Brasil não fazia ideia do que me esperava e me surpreendi muito com Portugal. Posso dizer que foi a experiência mais incrível que já tive. Foi o melhor ano de minha vida”, finalizou.