Pesquisa acadêmica aborda a saúde de caminhoneiros no RS
Alunos de Biomedicina
Neste mês de agosto, foi publicado na revista NewsLab, na página 184, o artigo Soroprevalência de HBsAg e Anti-HBc em Caminhoneiros da Região Central do Rio Grande do Sul, realizado por alunos do curso de Biomedicina da ULBRA Cachoeira do Sul no qual foram avaliados os caminhoneiros que circulam na região do município. Clique aqui para ler o artigo. O trabalho, realizado em 2010, contou com a participação de acadêmicos que realizaram exames para Hepatite B e C, além do risco para doenças cardiovasculares nos caminhoneiros. O trabalho que durou seis meses conseguiu envolver quase 100 caminhoneiros, o que pode fornecer dados inéditos para esta população específica de profissionais.
O professor Luís Fernando Sesti, coordenador e orientador do trabalho, ressalta que este tipo de estudo é muito importante para avaliar a prevalência destas doenças nesta população tão específica que tem como características transitar por diversas regiões no Estado e no Brasil. Muitas vezes, esse fato faz com que tenham contato com regiões endêmicas destas doenças, facilitando a sua disseminação em regiões não afetadas.
Contudo, os resultados são bastante positivos. De acordo com a pesquisa realizada, o perfil dos caminhoneiros tem mudado muito ao longo dos anos e aquelas características de se envolverem com mais de uma parceira já não é mais realidade. De acordo com o trabalho, 88% dos caminhoneiros têm parceiras fixas o que é um fato muito importante em se tratando na disseminação de DST’s. Entretanto, o professor faz um alerta, "a maioria dos caminhoneiros não fazem uso de preservativos o que os coloca em situação de risco".
Quanto ao artigo publicado, os dados referem-se somente à análise da hepatite B nos caminhoneiros. A hepatite B é um grave problema de saúde pública no mundo envolvendo cerca de 350 milhões de pessoas. Estima-se que no Brasil 15% da população já esteve em contato com o vírus e 1% tem a doença na fase crônica. O vírus pode ser transmitido pela via parental e sexual sendo considerada uma DST.
O trabalho liderado pela acadêmica e agora já formada Biomédica, Cristina Couto Teixeira, identificou um baixo número de portadores de Hepatite aguda (1.1%). O índice de caminhoneiros que já teve contato com o vírus ou que estavam na fase latente da doença foi acima do esperado, estando em 14.3%, valor acima da média regional na população. Ressaltou a importância do estudo e justificou o trabalho realizado paralelo de prevenção e educação dos caminhoneiros envolvidos no trabalho.
A acadêmica Cristina disse que todos os resultados foram entregues aos caminhoneiros que participaram do trabalho e que foram encaminhados para consulta clínica. Além disso, o trabalho teve o apoio do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Cachoeira do Sul e dos postos de combustíveis Coomoca e Nevoeiro.
O professor Luis Fernando está satisfeito com a publicação e salienta que este é somente a primeira publicação deste trabalho com os caminhoneiros e que novos artigos serão publicados com base nos resultados das análises da hepatite C e doenças cardiovasculares ligadas ao colesterol e triglicerídeos destes caminhoneiros.
(Texto - Edson Lima - Assessoria de Comunicação - ULBRA Cachoeira do Sul)
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