VISÃO DE FUTURO
Juristas de sucesso compartilham experiências com alunos da Ulbra
Convidados provocaram reflexões no evento Carreiras Jurídicas

Juristas renomados deram dicas e provocaram reflexões nos acadêmicos de Direito da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) durante o Carreiras Jurídicas, que aconteceu na noite de quarta-feira (11), no campus Canoas. Entre os convidados, o advogado, empresário e presidente da Aelbra (mantenedora da Ulbra), Carlos Melke, a delegada e diretora do Gabinete de Comunicação Social e Relações Institucionais da Polícia Civil/RS, Eliana Parahyba Lopes, a advogada especialista em Direito de Família e Sucessões e vice-diretora geral da Escola Superior da Advocacia da OAB/RS, Bruna Razera, e o desembargador Marcelo Dornelles, ex-promotor e ex-procurador-geral de Justiça do Estado.
O auditório do Prédio 59 ficou lotado para ouvir a trajetória dos profissionais. O reitor da Ulbra RS, Adriano Chiarani, destacou a importância de eventos que inspiram os alunos a seguirem com um propósito no Direito. "Continuem disciplinados, focados e comprometidos com o aprendizado para fazer a diferença na vida das pessoas assim como esses profissionais fazem por meio de diferentes atuações", ressaltou. Para a coordenadora do curso de Direito da Ulbra Canoas, Francele Marisco, o Carreiras Jurídicas é um espaço de escuta e de conexão com a vocação. "Não basta ter talento. É preciso disciplina, coragem e constância. A carreira jurídica exige preparo técnico, ética, sensibilidade e atitude", destacou.
Primeira palestrante a falar, a delegada Eliana Lopes falou sobre a atuação da Polícia Civil tanto em operações táticas quanto em ações preventivas no combate à violência com programas como o Papo de Responsa, desenvolvido junto às escolas desde 2016. "A segurança pública se preocupa com o outro. A violência é um fator multifatorial. Se bateram na porta da delegacia é porque tudo deu errado antes. Temos que fazer o preventivo para entender as dores do cidadão", explicou. A delegada lembrou que universitários são exceções e agentes de transformação. "Vocês têm que ter um propósito para mudar e impactar a vida de quem está do lado da gente. Temos que pensar grande. Acender a luz dentro do túnel, antes de esperar o final do túnel."
O presidente da Aelbra, Carlos Melke, salientou que o Direito é uma das profissões mais completas e que exige compromisso com a ética e as pessoas. "Para empreender é preciso ter ousadia. Isso começa desde a primeira decisão de iniciar um escritório. Na advocacia, eu não queria ser um vendedor de horas, queria construir valor. Tudo faz sentido quando você escolhe a sua jornada e como quer se portar no mercado", ressaltou. Melke instigou os acadêmicos sobre o marketing digital jurídico. "A autoridade é construída no mundo real. Temos que fazer bons trabalhos na advocacia para gerar resultados. O caminho é árduo, a credibilidade é fácil de perder e difícil de ganhar. O Direito é muito dinâmico, por isso temos que estar antenados", aconselhou. Melke finalizou ressaltando que os desafios devem ser enfrentados para gerar oportunidades. "A diferença entre ser mais um advogado e ser um empreendedor do Direito está na decisão que será tomada nos próximos meses. Escolham ser protagonistas e não coadjuvantes da sua própria história."
Contador de histórias
Oriunda de Casca, Nordeste gaúcho, a advogada Bruna Razera contou o início da sua carreira em Porto Alegre, falando sobre as relações e os aprendizados que teve ao longo dos anos. "Meu pai é agricultor e ele me disse que ninguém colhe antes de plantar. A terra é fértil. Lança boas sementes que com o tempo tu vais colher. Advogado é um grande negociador e contador de histórias", afirmou. Em sua fala, a profissional também disse que os acadêmicos devem ter uma atuação ética e destemida. "Como diz o advogado dos advogados, Rui Barbosa: advocacia não é para covardes. Precisamos ter coragem, garra, sensibilidade e humanidade. Essa é a advocacia", enfatizou.
O evento foi encerrado pelo desembargador Marcelo Dornelles, que detalhou o perfil do profissional que já atuou no Ministério Público (MP) e hoje está no Tribunal de Justiça. "Estou há 29 anos na carreira pública. No início se vai para o interior do Estado. Promotor tem que ter mais iniciativa e se envolver com a comunidade. Achei que tinha cumprido a minha missão no MP e acabei indo para o Tribunal de Justiça, que tem um papel super importante", comentou. O desembargador ainda destacou os números do Judiciário e que hoje há 19,8 mil processos para cada um dos 18 mil magistrados do Brasil. "Isso está levando a inovação. Os ministros do Supremo Tribunal Federal são muito conhecidos. Há 30 anos, ninguém assistia um julgamento. Seja qual for a área de escolha, nós integramos o sistema de Justiça e temos obrigação de dar credibilidade e seriedade ao nosso ganha-pão", concluiu.
Janice Silva
Assessoria de Comunicação Ulbra
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