Pensar a diversidade a partir de experiências inéditas em outras dimensões foi o assunto da noite desta quarta-feira, 08.06 na ULBRA Canoas. O evento Transversalidades 2011 aconteceu no campus, oferecendo uma proposta diferente designada em provocar, mobilizar, envolver e integrar o participante no confronto de ideias, na reflexão e na experimentação. Unindo as três modalidades de ensino: Licenciaturas e Bacharelados, Tecnólogos e Ensino a Distância, professores e coordenadores da graduação promoveram espaços com atividades alternativas relacionadas a um tema transversal de todos os cursos: a diversidade. As atividades foram dividas em um circuito de estações, cada estação abordou a diversidade em um determinado tema: ecologia, tecnologia, linguagens, corporeidade, territorialidades múltiplas e organizações.

Para os acadêmicos que participaram, a noite foi um convite ao pensar, pensar sobre o respeito e a convivência em ambientes que existam diferenças. Mas por que pensar transversalmente a diversidade? O objetivo da atividade era sair da rotina dos eventos extracurriculares comuns através de um projeto que trabalhasse as emoções e os sentidos do aluno. Durante o circuito, as salas temáticas desafiaram as relações atuais através de reflexões e para percorrer todas elas, os alunos foram divididos em grupos por cores e permaneciam 10 minutos em cada estação.
As seis estações divididas por cores instigavam a diversidade em um circuito para ser sentido, vivenciado e experimentado. A estação Organizações - cor preta – reproduziu um ambiente organizacional com situações impactantes para simular que é possível conviver com a diversidade. Já a estação Ecologia – cor verde – apresentou sons e imagens da natureza, seguido de ações do homem contra o meio ambiente, para introduzir uma reflexão entre a harmonia e catástrofe na natureza nos dias de hoje. A estação Territorialidades Múltiplas – cor vermelha – produziu um vídeo observando a diversidade vivenciada na Praça da Matriz em Porto Alegre. O objetivo era identificar os diferentes atores sociais naquele múltiplo território, constituído por elementos de poder, relações sociais, culturais e econômicas.

Seguindo as outras estações com salas temáticas, a estação Linguagens – cor laranja – provocou os alunos com cheiros, sons e vídeos para desestabilizar os sentidos e mostrar que existem diferentes formas de linguagens. Já a estação Corporeidade – cor amarela – apresentou a diversidade com experiências que podem ser feitas com o corpo na atualidade, explorando o limite de corporeidade de cada um. E por fim a estação Tecnologia – cor azul – trouxe a evolução do brinquedo antigo até os jogos de computador, mostrando a diversidade entre os meios tecnológicos para chegar aos brinquedos modernos atuais.

As vagas do evento eram limitadas, entretanto 210 inscritos prestigiaram a atividade inédita no campus: “Gostamos da estação laranja porque é possível identificar os elementos de linguagem e a partir daí fazer uma reflexão, também achamos interessante a estação azul, pois conseguimos voltar a infância recordando os brinquedos antigos”, comentam Adam Ovalho e Christian Vaisz, acadêmicos de Publicidade e Propaganda da ULBRA. Para a coordenadora de Ensino dos Bacharelados e Licenciaturas, Carmem Lúcia Rodrigues, os alunos se interessaram no pensar diferente. “A universidade busca estratégias para integrar o aluno com o mundo atual através de ações como esta, oportunizamos hoje um momento de vivência do processo de aprendizado feito em sala de aula de uma forma dinâmica e interessante”, completa a coordenadora. O evento encerrou com uma apresentação dos alunos do curso de Dança no auditório do prédio 14.

Promovido pelas Coordenações de Ensino dos Bacharelados e Licenciaturas; da Educação a Distância e dos Cursos Superiores de Tecnologia, o evento ofereceu atestado de participação de quatro horas de atividades complementares a todos os participantes. O Transversalidades ULBRA 2011 desafiou as inter-relações que são essenciais para a formação do futuro profissional, pois além de conhecimentos específicos, o aluno instigou durante o circuito a curiosidade, a visão crítica e o conhecimento.