Estima-se que o acervo conte com mais de 10 mil objetos das mais variadas espécies e tipologias Foto: William Freitas/Ulbra

Após um primeiro semestre fechado para visitação, o Museu de Ciências Naturais da Ulbra (MCNU) está retomando o agendamento de visitas de escolas da região ao espaço. Segundo a museóloga Nathalia Costa, parte do acervo ainda passa por uma minuciosa revisão do patrimônio histórico e científico presente no MCNU.

O trabalho, de acordo com a especialista, terá prosseguimento durante o período não letivo. "A revisão do acervo é detalhada, pois cada artefato tem cuidados específicos de restauração e armazenamento. O diagnóstico geral integra o museu e os setores que contemplam os laboratórios do acervo", explica a museóloga formada na UFPel, atualmente doutoranda do Programa de Pós-graduação em Educação da Ulbra (PPGEDU).

Por enquanto, os visitantes do museu podem conhecer alguns espaços que foram concluídos antecipadamente, como botânica, arqueologia e zoologia de vertebrados e invertebrados. Estima-se que o acervo conte com mais de 10 mil objetos das mais variadas espécies e tipologias.

As visitações ocorrem de terça a sexta-feira, das 14h às 17h30min. As escolas interessadas em agendar visitas podem contatar o Museu através do telefone (51) 3477-4000 - ramal 2350.

Parcerias com empresas privadas são cogitadas

Envolvida na viabilização da reabertura do Museu, a direção do campus Canoas confirmou a possibilidade de firmar parcerias que acelerem o processo de modernização do espaço. "É uma marca desta gestão, até porque reduz custos e ao mesmo tempo é um local de visibilidade para a empresa parceira. Vamos estudar como isso pode ser feito", adiantou o assessor administrativo Alexandre Berton, que é um dos responsáveis pelo MCNU.

Importante espaço de pesquisa e estágio

Um dos motivos que fizeram a gestão do campus investir no Museu de Ciências Naturais foi o aproveitamento do local pelos alunos dos cursos de áreas afins, como Ciências Biológicas e História. Para a coordenadora de Ciências Biológicas, Márcia Kober de Vargas, é fundamental contar com um espaço que proporcione atividades de pesquisa e onde os acadêmicos possam atuar como monitores das visitas guiadas. "É um espaço educacional muito importante, principalmente para a iniciação científica e para mostrar espécimes que o nosso curso trabalha constantemente. Há uma procura grande, tanto de pessoas da Ulbra como de pesquisadores e escolas de fora", destacou.

Alexandre Berton segue a mesma linha da professora. Para ele, oportunizar atividades práticas aos alunos e abrir o campus para visitas da comunidade são algumas das prioridades da direção. "O museu é fundamental na demonstração aos alunos de ensino superior e médio. É importante que eles tenham acesso a esse acervo. Temos toda uma história que estará à disposição dos visitantes, estimulando a construção do conhecimento por meio de pesquisas. Para nós, faz toda a diferença ter o museu em pleno funcionamento, pois é um cartão de visitas do campus e tem um potencial científico enorme", enfatizou.

Leonardo Magnus
Jornalista Mtb 19305/RS