Crianças conheceram o Laboratório de Robótica da Universidade Foto: Marcus Perez/Ulbra

Alunos do 7º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Freire, de Canoas, visitaram as instalações do campus na última quinta-feira, 30 de novembro, durante o encerramento das atividades semestrais do projeto Acolhimento Lilás. A iniciativa promovida pelo curso de Serviço Social da Universidade busca intervir na realidade de mulheres, jovens e crianças em situação de vulnerabilidade ou vítimas de violência doméstica e de gênero.

Na ocasião, os 25 estudantes acompanharam o culto de Ações de Graças realizado no começo da tarde, na capela do campus, e conheceram melhor a infraestrutura dos laboratórios de Microscopia e Robótica da Unidade. Os adolescentes com idades entre 12 e 17 anos de idade também passaram pelos estúdios da Rádio Mix FM e do Museu de Ciências Naturais da Instituição.

Segundo a idealizadora do projeto, professora Maria Suzete Müller Lopes, os encontros mensais de sua equipe com a turma do colégio tiveram um papel positivo no desenvolvimento cognitivo e emocional dos participantes. "Muitos desses jovens convivem com a violência, com o tráfico de drogas e com uma exposição muito precoce à sexualidade. Logo, levar informação, escutá-los e orientá-los é fundamental para afastá-los da influência negativa do contexto que os cercam", destaca a docente que desde o mês de maio divide a agenda de visitações com dois estagiários diretamente supervisionados por ela.

Vice-diretora da escola, a educadora Aline Rambow foi uma das gestoras escolares responsáveis por procurar a Ulbra e solicitar o agendamento das visitas. "Nós temos muitas alunas que já são mães e três casos de estudantes homossexuais assumidos, todos na casa dos 13 anos de idade. Então, conversando com minhas colegas, chegamos à conclusão de que era necessário procurar o apoio de um serviço de assistência social que ajudasse a integrá-los ao ambiente escolar, preservando sua dignidade e privacidade", recorda Aline, que já percebe uma mudança sensível no comportamento dos jovens. "Estão mais calmos, menos agressivos e há uma harmonia maior em sala de aula", confessa a professora da rede pública, que espera ampliar o número de estudantes atendidos em 2018/1.

Criado no começo de 2016, o projeto Acolhimento Lilás já beneficiou mais de 400 pessoas através de palestras, dinâmicas de grupo e atividades em Instituições de educação básica, Organizações Não Governamentais e nas dependências da própria Universidade. Mais informações podem ser obtidas junto à coordenação do bacharelado em Serviço Social pelo telefone (51) 3477-9289.

Marcus Perez
Jornalista MTb 17.602